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A segunda fase da obra da aduana na Ponte Internacional da Amizade deve começar amanhã, depois que uma reunião realizada ontem entre o delegado-substituto da Receita Federal em Foz do Iguaçu, Gilberto Tragancin, e o engenheiro Andrey Lewandowski, da Diarc Engenharia Ltda, empresa cascavelense que venceu a licitação para executar o serviço, estabeleceu um calendário para o início da obra.

O início dos trabalhos ocorre três dias após a entrada em vigência do contrato fechado pelo governo federal com a empreiteira. O delegado-substituto não considera o fato um atraso no cronograma porque o prazo para execução vai de 2 de janeiro a 29 de outubro deste ano.

A Receita Federal e a Diarc também definiram a estratégia para amenizar o impacto da presença de operários e máquinas no sentido Brasil-Paraguai. A idéia é revitalizar uma pista, liberá-la e mexer na pista seguinte, sucessivamente até a conclusão. Dessa forma, os técnicos querem evitar filas para sair do país e, ao mesmo tempo, não atrapalhar o movimento na aduana na direção Paraguai-Brasil, já revitalizada.

Outra medida significativa é a instalação imediata de cercas duplas de aço cortante, de 4 metros de altura, em parte da barranca do Rio Paraná. A proteção pretende impedir que contrabandistas resgatem as caixas de cigarros e de outros produtos contrabandeados arremessadas por colegas do alto da Ponte da Amizade.

A revitalização vai permitir o controle da saída de pessoas no sentido Brasil-Paraguai com diminuição de filas, agilidade nos despachos aduaneiros e monitoramento de automóveis, motos e caminhões. Um dos objetivos é evitar a saída de automóveis roubados para Ciudad del Este. Cerca de 19 mil pessoas e 10 mil veículos passam pela região em dias de grande movimento.

Para agilizar o trânsito, o projeto prevê a construção de sete pistas: três exclusivas para automóveis, uma para ônibus, uma para motos, e uma para saída e outra para entrada de caminhões. A estrutura vai copiar o formato usado em praças de pedágio nas rodovias e que já foi adotado na aduana Paraguai-Brasil, inaugurada em outubro de 2006.

As melhorias na aduana da Ponte da Amizade devem custar mais de R$ 15 milhões ao governo federal. A primeira etapa consumiu R$ 8,5 milhões, somados aos R$ 5,5 milhões desta segunda fase, mais R$ 1,5 milhão gasto no sistema de segurança eletrônica. Além disso, serão destinados recursos para a instalação de cancelas, semáforos e painéis indicadores de mensagens.

A reforma da primeira etapa da aduana já permite maior fiscalização das bagagens que ingressam no Brasil. "Nós não verificamos o conteúdo em sua totalidade, mas, no mínimo, todas as pessoas que entram com produtos estão sendo cadastradas. É um avanço", completou Tragancin. A cota de compras com isenção de impostos é de US$ 300 por mês.

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