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Passado o carnaval e com o fim das férias, sair de casa com o carro no começo da manhã ou voltar do trabalho no fim da tarde são sinônimos de lentidão e nervosismo em Curitiba. E este cenário tende a ficar mais complicado com as obras que são executadas em algumas vias de grande fluxo de veículos da capital. "As obras têm um reflexo no trânsito muito grande. Sabemos que geram transtornos, mas pedimos a colaboração dos motoristas, pois elas (obras) trarão benefícios futuros", diz a gerente de operação de trânsito da Diretoria de Trânsito (Diretran), Guacira Camargo Civolani.

Um dos pontos mais críticos para os motoristas curitibanos fica nas proximidades do cruzamento das ruas General Mário Tourinho e Padre Agostinho, no bairro Campina do Siqueira, onde está sendo criado um binário de vias paralelas para quem chega ou sai de Curitiba pela BR-277 (sentido interior). No final da tarde de segunda-feira, como exemplo, o trânsito de veículos ficou literalmente parado durante 20 minutos devido a alterações na programação de semáforos e no fluxo da Rua Jerônimo Durski para a construção de uma galeria pluvial. "Para descer da Rua Capitão Souza Franco até chegar na obra levou duas horas. A dificuldade era total. Juntou a chuva, a impaciência e as obras", afirma o agente da Diretran, Aparecido Massaranduba.

Anteontem, a empregada doméstica Maria Aparecida de Matos, 42 anos, vivenciou os reflexos da lentidão no trânsito. Para voltar do trabalho, em Santa Felicidade, até sua casa, no Portão, ela troca de ônibus no terminal Campina do Siqueira. Normalmente, leva 40 minutos em todo o percurso, mas nessa segunda-feira foram 2h05. "Antes de chegar no terminal, o ônibus ficou parado 1h30. Muita gente desceu do ônibus e foi a pé. Estudantes estavam atrasados para a aula. Eu fiquei agoniada", relata.

Para evitar mais um final de dia caótico, ontem a Diretran fez novas alterações na programação de tempo dos semáforos naquela região. Por volta das 18 horas, a Gazeta do Povo esteve no local para conferir como estava o trânsito no cruzamento e constatou que o fluxo estava quase parando. Para percorrer três quadras na Mário Tourinho, levou-se 40 minutos. "Infelizmente não temos muitas opções de rota de fuga. O motorista deve evitar sair no horário de pico e se programar com antecedência para evitar atrasos", orienta Guaraci.

Outras obras

Mais seis obras dificultam o trânsito em outras regiões da cidade – os binários da Rua Santa Bernadethe (Fanny e Novo Mundo), da Avenida Brasília (Capão Raso) e Capão da Imbuia – Hauer, além da construção da trincheira no cruzamento da Avenida Presidente Kennedy com a Rua Eduardo Carlos Pereira (Portão), a reforma no viaduto da Avenida Marechal Floriano Peixoto (Hauer) e o calçamento da Avenida Marechal Deodoro (Centro). De acordo com a Diretran, cerca de 40 mil veículos passam diariamente em cada uma dessas vias. "Enquanto não voltavam as aulas, o trânsito estava tranqüilo. Curitiba está crescendo; é normal que isso (maior movimento de carros) ocorra. Mas um dos maiores problemas é a má educação dos motoristas curitibanos", sentencia o taxista Itor Marques, há dez anos na profissão.

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