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Confira estimativa de quanto devem custar os três principais projetos |
Confira estimativa de quanto devem custar os três principais projetos| Foto:

Projetos pedem rigor ambiental

Como serão realizadas em área de Mata Atlântica, as obras anunciadas pelo governo devem passar por uma série de estudos antes de sair do papel. No caso da duplicação dos trechos da PR-412, será preciso retirar grande quantidade de material orgânico da via, que deve então ser depositado em local que não comprometa o bioma.

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Rodovias de acesso são prioridade

Na lista das obras prometidas também estão a construção da Rodovia Mata Atlântica, que ligará a PR-407 à região de Ponta do Poço, em Pontal, e a melhoria do acesso a Paranaguá, pela BR-277. A primeira pretende redistribuir o trânsito que vem da rodovia federal.

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Um mês depois de anunciar um pacote de 12 obras esperadas há décadas pela população do litoral do estado, como a construção de uma ponte sobre a Baía de Guaratuba e a duplicação de trechos das três principais rodovias estaduais que fazem a ligação entre os balneários e entre Curitiba e as praias (veja box), o governo do estado não sabe como viabilizar os projetos. No anúncio, feito em abril, semanas após assumir o cargo, o governador Orlando Pessuti prometeu inclusive iniciar as melhorias antes do início da próxima temporada. Mas até agora o governo ainda não explicou como irá bancar os projetos, quando devem começar e terminar as obras e quem será responsável pelo financiamento – estado, governo federal ou a concessionária Ecovia, que administra o trecho entre Curitiba e as praias –, já que grande parte do pacote diz respeito às rodovias. Também não explicou como fará para não entrar em conflito com a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois as obras podem chegar a mais de R$ 100 milhões. "Ainda estamos em fase de elaboração dos estudos preliminares. Não temos maiores definições", admitiu o secretário de Estado dos Transportes, Mário Stamm Filho, que acaba de assumir a pasta.

De acordo com estimativas do vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-PR), Roberto Piva, não há tempo hábil para iniciar as obras antes do verão. "Há um processo que deve ser respeitado. Será preciso apresentar um projeto, aprová-lo, elaborar o estudo de impacto ambiental, fazer desapropriações e licitar a obra. Supondo que tudo corra bem e sem atrasos, as obras só poderiam começar no ano que vem". Piva afirma que já "será um ganho" caso o governo consiga aprovar o projeto e abrir licitação. "Se o secretário conseguir isso, a próxima gestão poderá executar as obras com segurança, e a população, sabendo que o projeto está pronto, terá meios de exigir o cumprimento da promessa".

Ceticismo

Para o setor empresarial e turístico, a indefinição da secretaria serve como alerta de que as melhorias não sairão do papel tão cedo. "Estou ouvindo falar dessas obras há oito anos, desde o governo Requião. Todo ano de eleição é a mesma coisa. Para mim, tudo não passa de lenda. Só acredito depois de vê-las prontas", afirma o ex-presidente da Associação Comercial de Matinhos (Acima) e atual presidente do Conselho Superior da entidade, Carlos Alberto Freire. Ele cita como exemplo de obra prometida há anos a engorda da orla de Matinhos (que não está no plano), prevista desde o ano passado, e que ainda nem entrou na fase de licitação.

Quem também vê os prazos com ceticismo é o presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo Sustentável do Litoral (Adetur-Litoral), Carlos César Gnata. "Não acredito nesse prazo, não há tempo para tanto", diz. Entre os projetos mais urgentes, Gnata cita a duplicação da PR-412 – que sai de Garuva (SC), passa por Guaratuba e Matinhos, e vai até Pontal do Sul – e a construção da ponte sobre a Baía de Guaratuba. Hoje, a travessia é considerada o grande gargalo do trânsito no litoral. Durante a temporada, as filas chegam a três quilômetros de extensão.

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