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Não há primeiro ano de Administração na extensão da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em Jaguariaíva, no Norte Pioneiro. Nem de Administração, nem de qualquer outro curso. Pela primeira vez em sete anos, o sistema de rodízio de cursos foi interrompido e não houve oferta de vagas no vestibular.

Situação semelhante acontece em São Mateus do Sul, pela UEPG, e nas cidades de Chopinzinho, Laranjeiras do Sul, Pitanga e Prudentópolis, pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Em Palotina e Me 0dianeira, que tinham extensões da Universidade Estadual do Oeste (Unioeste), as atividades foram definitivamente encerradas.

Em Jaguariaíva, as aulas são ministradas no clube de funcionários de uma fábrica. O espaço foi cedido gratuitamente, inclusive com as despesas de energia elétrica e água. Agora algumas salas estão vazias. Os laboratórios de informática, com 50 computadores, e de anatomia, que era usado pelo curso de Educação Física, estão ociosos. "É lamentável", afirma o presidente do clube de funcionários e vereador, Braulino Ribas.

Ele salienta que os cursos públicos são muito importantes para a cidade, que toda a infra-estrutura está pronta e disponível, e que existem três multinacionais de grande porte no município com necessidade de profissionais de nível superior.

O presidente do centro acadêmico de Administração, Joaquim Santilho Barbosa, destaca que a extensão é a única oportunidade para quem não pode pagar uma faculdade particular ou enfrentar o desgaste de viajar todos os dias para estudar.

Ele reforça que alguma medida precisa ser tomada no prazo de dois anos, para evitar o encerramento completo das atividades em Jaguariaíva. Um abaixo-assinado cobrando providências já foi entregue à Câmara Municipal da cidade.

A pró-reitora de Administração da UEPG, Cândida Miranda, diz reconhecer a importância da interiorização do ensino superior público, e que por isso existem negociações para a abertura de novas extensões a partir do ano que vem. Mas ainda não há definição de quais cursos serão implantados e nem em que cidades.

Para não saturar municípios pequenos com muitos profissionais de uma mesma área, há um sistema de rodízio de cursos. Nas chamadas extensões em cidades menores – que não são consideradas câmpus principalmente porque a estrutura não é própria da instituição – são firmadas parcerias para a manutenção de cursos. Normalmente, a prefeitura colabora com o transporte dos professores. (KB)

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