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O subcomandante da PM de Manacapuru (a 90 km de Manaus), capitão Joel Zelian, afirmou que deu ordem para que policiais matassem criminosos em confronto com a polícia. A declaração foi dada em entrevista a uma rádio local.

“Se o nosso policiamento encontrar esse tipo de assaltante com arma caseira, que cair na besteira de trocar tiro, já dei ordem para matar. Não quero nem saber. Que chore você, por ter criado um filho marginal. Não me interessa aqui direitos humanos”, disse Zelian à rádio “Web Manacapuru”, segundo divulgado pelo jornal amazonense “A Crítica”.

Zelian assumiu o posto de subcomandante do 9º Batalhão da PM, que policia a cidade, na última sexta-feira (23). O militar afirmou ainda que não distingue entre criminosos maiores e menores de idade, porque “todo mundo é bandido”. “Esses arrastões que estão acontecendo, isso é falta da polícia andar ‘cassetando’ uns e outros por aí. E eu vou fazer isso bem-feito”, disse.

O subcomandante ainda assumiu que não pede autorização da Justiça antes de fazer buscas em residências. “Você que tem sua casa, se é casa de traficante, eu vou invadir tua casa, estou logo avisando”, afirmou.

“Depois pode me denunciar no Ministério Público, para o juiz, para o promotor, para desembargador, para quem quiser. Esse pessoal não policia, quem policia sou eu e eu sou audacioso mesmo, tá certo. Se quiserem me mandar embora daqui, não tem problema. Mas que nós vamos dar um choque de gestão, nós vamos”, concluiu Zelian.

Em nota, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, afirmou que considera “as declarações do oficial inapropriadas” e que “o próprio comando da Polícia Militar irá adotar as medidas necessárias sobre o fato”.

O comandante da PM do Amazonas, coronel Marcus Frota, afirmou que vai apurar o caso e que não há necessidade de exonerar o subcomandante. “Mas não é esse o perfil de policial que nós queremos”, disse.

Em 2010, Zelian foi afastado pela Corregedoria da PM por suspeita de atirar nas pernas de um detento quando chefiava a delegacia de Rio Preto da Eva (a 80 km de Manaus). À época, ele afirmou que o disparo foi acidental.

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