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São Paulo – Mais oito imóveis serão demolidos em conseqüência do acidente em Pinheiros. Eles foram condenados pela Defesa Civil, que concluiu ontem a vistoria nas 69 casas, apartamentos e estabelecimentos comerciais interditados desde o desmoronamento nas obras do metrô na última sexta-feira. Até ontem, três casas, além das oito, já haviam sido derrubadas. Segundo o subprefeito de Pinheiros, Nilton Nachle, 44 imóveis vão permanecer interditados por tempo indeterminado e 14, a maioria comercial, foram liberados.

As construções interditadas estão localizadas em uma área muito próxima à cratera, onde o solo ainda não está totalmente estabilizado. "Há também os imóveis que ficam no raio de alcance da grua, que precisa ser desmontada", explicou o subprefeito. O Consórcio Via Amarela definirá a data das demolições.

Pertences

Alguns moradores aproveitaram a tarde de ontem para retirar pertences. "A casa não é minha (está alugada), mas tudo que tenho está lá dentro. Eu gastei muito para trazer os meus móveis de Porto Alegre para cá", contou a estudante de Enfermagem Morgana Alves, de 24 anos, moradora do número 201 da Rua Capri, que terá a casa demolida. Ela está hospedada em um hotel.

O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, José Augusto Viana Neto, esteve no local do acidente para oferecer os serviços da entidade aos desalojados. A entidade ofereceu laudo sobre a situação das casas e também do valor de mercado de cada imóvel.

Esse laudo serviria de base às indenizações. Pelos cálculos do Creci, o valor do metro quadrado em Pinheiros é R$ 1,7 mil.

"O acidente deve provocar uma desvalorização ainda não-estimada nos imóveis do entorno, mas isso será compensado assim que a estação estiver pronta, porque normalmente o metrô valoriza a região, e a área tem grande potencial de verticalização".

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