Mulheres que vivem em áreas afetadas pelo vírus zika deveriam considerar postergar a gravidez, uma vez que não há métodos eficazes para evitar os problemas potencialmente causados os bebês, afirmou na quinta-feira (9) a porta-voz da entidade Nyka Alexander.
“Eu não estou dizendo que os casais devem postergar [a gravidez]. Eles devem receber as informações necessárias para entenderem que esta é uma opção”, disse Nyka.
O vírus está se espalhando rapidamente pela América Latina e pelo Caribe, e autoridades de saúde de diversos países afetados estão fazendo recomendações similares. No entanto, a nova recomendação da entidade pode afetar a vida de milhares de pessoas que vivem nessas áreas.
Em outros lugares do mundo, o serviço de saúde alerta para que mulheres grávidas não viagem para áreas onde o vírus está se espalhando. Nos Estados Unidos, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) vai além e aconselha as mulheres a esperar ao menos oito semanas após ser acometida ou exposta ao vírus antes de tentar engravidar. Para homens com sintomas, essa espera deve ser de ao menos seis meses.
Em resposta às novas orientações da OMS, a CDS afirmou que agências de saúde devem discutir os riscos da doença, prevenção do contágio e informação sobre métodos contraceptivos.
Quase 700 casos já foram relatados nos Estados Unidos. Todas os infectados viajaram ao exterior ou tiveram relações sexuais com quem o fez.
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