Os taxistas de Foz do Iguaçu, na região Oeste do Paraná, estão assustados com a onda de assaltos ocorrida nos últimos 60 dias. Nesse período, 25 motoristas foram rendidos por marginais que se passavam por passageiros. A ação dos criminosos faz com que os motoristas cogitem a possibilidade de encerrar o turno antes das 22 horas. Nesses dois meses, cinco veículos foram roubados e somente dois voltaram às mãos dos proprietários através da polícia e mediante o pagamento de resgate, segundo o presidente do sindicato da categoria (Sinditaxi), Nilton Rocha.
Os marginais agem em vários pontos da cidade após as 23 horas, quando há um grande movimento de turistas e de moradores que saem de bares, restaurantes e casas noturnas. "Eles sempre estão bem-vestidos, embarcam em dois ou mais e possuem pistolas. Já estudamos a proposta de parar de circular nesse horário da ação dos marginais", diz o presidente do sindicato, que conta com 378 taxistas, dos quais 150 trafegam no período noturno. Um dos aspectos que mais chamam a atenção é o local onde os trabalhadores são deixados após o assalto. De acordo com Rocha, os motoristas são colocados no porta-malas do carro e depois abandonados na Vila "A".
Esta também foi a experiência que o taxista João Valdir Klauck passou há 15 dias. Ele estava parado na frente de um hospital quando dois jovens, um com uma faixa na perna e demonstrando estar debilitado, embarcaram para ir até uma movimentada avenida. No caminho, Valdir foi rendido e colocado no porta-malas. "Foi a quarta vez nesses 15 anos. Ainda bem que consegui escapar e pular na estrada, porque ouvi um deles falando em atirar em mim", relatou o taxista.
Apesar de perder R$ 70 e um celular, Valdir conseguiu recuperar o carro, abandonado por criminosos num bairro na região leste da cidade. "A gente fica apreensivo, mas não posso deixar de trabalhar. Só espero terminar o turno para poder ver minha família", diz o motorista. Uma das soluções estudadas pela categoria em parceria com os órgãos de segurança é a freqüente abordagem policial aos taxistas que carregam passageiros após as 20 horas. Além disso, os próprios trabalhadores criaram uma maneira de evitar mais assaltos. A idéia é repassar usar o radiocomunicador para informar aos colegas o itinerário e as características dos passageiros durante os horários mais perigosos.
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