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Uma ordem dada por chefes da maior facção criminosa do Rio, presos em uma unidade federal, teria desencadeado a nova onda de confrontos em favelas do Rio e da Baixada Fluminense. Em represália aos ataques feitos pela quadrilha de Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, que há uma semana tenta invadir o Morro do Juramento, o comando da facção estaria arregimentando presos em regime semiaberto para reforçar o Chapadão e atacar o Morro da Pedreira, além de outros pontos de domínio de grupos inimigos.

Os traficantes contariam com o reforço de 150 fuzis e 100 mil cartuchos calibre 7.62mm fornecidos por uma facção criminosa de São Paulo. O Morro do Juramento é um dos mais antigos redutos da facção, encabeçada por Márcio Nepomuceno dos Santos, o Marcinho VP, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco. Além da Pedreira, as favelas da Lagartixa e o Morro do Dezoito, estariam na mira da quadrilha de Playboy.

O recrudescimento da violência em comunidades dominadas pelo tráfico deixou nos últimos dez dias pelo menos 16 vítimas de balas perdidas no estado, 13 na capital. Só nos conflitos no Juramento e no Chapadão, houve cinco vítimas, entre elas Asafe William Costa de Ibrahim, de 9 anos, atingido no olho quando estava com a mãe no Sesi de Honório Gurgel. Ele morreu dois dias depois e os pais doaram seus órgãos. A última vítima do confronto no Chapadão foi Lilian Leal de Moreas, de 12 anos, atingida na perna.

Ontem de madrugada, Sandra Costa dos Santos, de 58 anos, foi atingida na cabeça enquanto dormia. Ela está consciente, mas perdeu muito sangue. Na sexta-feira, William Robaiana da Silva, 35 anos, foi atingido no peito quando esperava por um ônibus, perto da Favela do Rola. Foi submetido a uma cirurgia.

Na terça-feira, Márcia Costa, 44 anos, foi baleada quando limpava o quintal de casa, em Bangu; Carlos Eduardo Rodrigues de Paula, 33 anos, foi baleado enquanto ia para uma lanchonete, dia 17, em Bangu. Ele está internado. No dia 16, Larissa de Carvalho, 4 anos, foi atingida por uma bala perdida na cabeça quando saía de uma lanchonete em Bangu. Ela teve morte cerebral e a família doou seus órgãos. Em Mesquita, na Baixada Fluminense, um homem foi executado por bandidos. No crime, outras três pessoas ficaram feridas.

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