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Depois de dias gelados e com registro de geadas, o frio deve começar a perder a intensidade no Paraná a partir de hoje, segundo o Instituto Tecnológico Simepar. Mesmo assim, a trégua ainda não deve ser total. De acordo com o meteorologista Lizandro Jacobsen, em Curitiba a mínima não deve ultrapassar os 10ºC nos próximos dias. Hoje, os termômetros devem registrar variação entre 7ºC e 19ºC na cidade. O céu fica nublado e há previsão de chuva fraca para praticamente todo o estado.

"Este inverno está sendo mais rigoroso e mais chuvoso do que os dois últimos. Mesmo assim, ele está dentro da média histórica. Os anteriores é que vinham sendo mais quentes. Ainda não temos sentido a influência do aquecimento global", explica Jacobsen. Até agora, o dia mais frio do ano foi 30 de maio, quando, em Curitiba, os termômetros chegaram a marcar 0,1ºC. Ontem, na capital foram registrados 4,9ºC. Telêmaco Borba, no Centro-Leste do estado, foi a cidade com a temperatura mais baixa no início desta semana – 0,8ºC.

Comércio

Enquanto tem quem fique carrancudo com todo esse frio, há ambulante com sorriso de orelha a orelha. "Se o frio deste ano está pior, para mim é melhor. Não tenho mais nem estoque. Não estamos nem vencendo fazer as mercadorias", afirma a vendedora ambulante Clenonice Doralice Oliveira, 44 anos. Os campeões de venda, segunda ela, são os gorros, meias-calças e cachecóis.

A demanda também anda grande na Fundação de Ação Social (FAS) da prefeitura de Curitiba. Normalmente, a Central de Resgate Social faz cerca de 150 atendimentos todas as noites. Com o frio, esta média elevou-se para 260. "A maior parte das pessoas passa a noite aqui e pede para sair de manhã", explica a coordenadora da Central de Resgate Social, Eliana Oleski.

O frio teve reflexo até sobre o número de ocorrências policiais. Em média, a região metropolitana registra cerca de doze homicídios nos sábados e domingos. No último fim de semana, entretanto, este número baixou para sete. "Quando cai a temperatura, cai também o número de ocorrências graves. O fluxo de pessoas nas ruas diminui e os bandidos têm mais dificuldades de atuar", explica o auxiliar da comunicação social da Polícia Militar, soldado Robson da Luz Santos.

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