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Ao pé do morro, a favela Dona Marta é vista pelos turistas que sobem ao Cristo Redentor como uma lembrança de que o Rio de Janeiro tem áreas pobres. No empilhamento de casas de tijolos, a grande maioria, sem reboco, parece se sustentar na linha do céu, entre o morro e as nuvens. Os moradores nem percebem que eles têm a melhor visão da zona sul do Rio.

Vielas e escadarias estreitas dão acesso ao morro e aos seus moradores que, em pleno sábado, parecem formigas em um vaivém frenético de sacolas, baldes de água e crianças brincando. Embaixo, uma patrulha policial lembra que o morro está ocupado há alguns anos. E mesmo assim, alguns moradores dizem que o efetivo policial – que é expressivo – não conseguiu expulsar os traficantes do local.

Mas as mudanças ocorreram nestes últimos anos. Muitas delas – com a saída de jovens da rua, principalmente – dizem respeito aos trabalhos sociais que a favela vem oferecendo exaustivamente através de ONGs.

É o caso do Grupo Eco, que tem caráter educacional e cultural com programas voltados para os jovens. A população da Favela Dona Marta tem disponível o Jornal Eco, que circula desde 1977; um grupo cênico musical; uma escola de informática e um espaço que disponibiliza curso de montagem de computadores. Foi pioneiro na instalação da primeira rede de intranet em favela, projeto conhecido como Favela On-Line; atividades esportivas como passeios de bicicleta, corrida, caminhadas e torneios infantis, entre outras atividades.

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