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O para-brisa do ônibus ficou danificado após o atropelamento, que ocorreu no cruzamento da Avenida Manoel Ribas com a Rua Alcides Munhoz | Heliberton Cesca/Gazeta do Povo
O para-brisa do ônibus ficou danificado após o atropelamento, que ocorreu no cruzamento da Avenida Manoel Ribas com a Rua Alcides Munhoz| Foto: Heliberton Cesca/Gazeta do Povo
  • O trânsito ficou congestionado na Avenida Manoel Ribas por conta do acidente, já que o ônibus aguardou mais de uma hora na rua até a chegada da polícia
  • O carro utilizado pelo idoso estava estacionado regularmente por volta das 16h15, cerca de uma hora depois do atropelamento

Um ônibus - de prefixo MC 304, que fazia a linha Santa Felicidade - atropelou um homem de 68 anos na tarde desta quarta-feira (29) em Curitiba. O caso foi registrado no bairro Mercês, por volta das 15h30, no cruzamento da Avenida Manoel Ribas com a Rua Desembargador Vieira Cavalcanti, próximo a uma loja de material de construção em Curitiba. O idoso morreu ao chegar ao hospital.

O aposentado Aurelino Elautério estava prestando um serviço de entrega para uma loja de tintas na avenida. Ele teria deixado o carro estacionado na Manoel Ribas. Quando retornava ao veículo, próximo ao cruzamento, ele passou atrás do carro dele e ao pisar na pista de tráfego ele foi atropelado pelo ônibus. O idoso foi resgatado pelo Siate e levado para atendimento hospitalar, mas não resistiu aos ferimentos.

O filho de Aurelino, Márcio Aurélio Elautério, disse que o ônibus estaria em alta velocidade no momento do acidente. "O pessoal que testemunhou disse que ele (o veículo) estaria em altíssima velocidade. Se tivesse mais devagar, meu pai estaria vivo", comentou. Segundo ele, a família ainda não sabe se deverá processar a empresa de ônibus pela morte, mas disse que isso poderá acontecer.

Outra versão

O motorista do ônibus, que não quis se identificar, apresentou uma versão diferente para o atropelamento. Segundo ele, o carro do idoso estava mal estacionado e parte do veículo estava fora da faixa de estacionamento. O idoso também teria saído da loja falando ao celular e não percebeu a aproximação do veículo. O motorista disse estar trafegando devagar e não conseguiu frear porque a aproximação do senhor foi rápida. "Eu estava a 30 quilômetros por hora", afirmou.

Os passageiros que estavam dentro do ônibus não ficaram feridos e foram transferidos para outro ônibus da mesma linha após o atropelamento.

Agressão

Logo após o acidente, Osir Santos, motorista de uma ambulância da cidade de Mato Rico na região Centro-Sul do estado, disse que foi agredido. Ele trafegava atrás do ônibus no momento do choque e estava sozinho no veículo. Segundo Osir, enquanto o Siate não chegava ao local uma pessoa da loja de tintas em que o idoso estava antes de ser atropelado exigiu que ele recolhesse o idoso da rua e o levasse a um hospital.

Como não tem treinamento para este tipo de situação, o motorista se recusou a fazer o socorro e teria sido agredido. O rapaz também teria chutado a ambulância. "Queriam que eu removesse o senhor da pista. Mas como vou fazer isso sem equipamento?", questionou Osir.

O motorista traz pacientes do interior para tratamento na capital. Ele tinha recém saído do Hospital Nossa Senhora das Graças, que fica a duas quadras do local do acidente, e ia para o bairro Vista Alegre buscar um documento.

Nesta sexta (01), o funcionário da loja de tintas, Hego Rohden, entrou em contato com a Gazeta do Povo para informar que é ele a pessoa acusada de agredir o motorista da ambulância. Porém, ele negou ter agredido de qualquer forma o homem. Segundo a versão de Rohden, após o acidente ele tentou parar a ambulância para pedir socorro. "Parei na frente da ambulância no meio da rua e pedi para o motorista ajudar, mas ele se negou". Depois o motorista teria tentado forçar a passagem mesmo com Rohden em frente ao veículo, o que teria machucado o braço do rapaz.

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