Um ônibus foi queimado e duas estações do sistema BRT Transoeste depredadas num protesto de moradores da Favela do Rola, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, na noite de sexta-feira (11). A ação começou depois da morte de um homem, acusado pela polícia de ser traficante. Em outro ponto da zona oeste, a polícia reprimiu com bombas de gás lacrimogêneo protesto de motoristas de vans, que interromperam vias na favela Rio das Pedras.

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De acordo com informações da PM, policiais do 27.º Batalhão (Santa Cruz) faziam operação na Favela do Rola e trocaram tiros com dois homens. Um deles, identificado apenas como Nilton, foi baleado e morreu no local. O outro fugiu. Os policiais apreenderam duas pistolas, munição, 140 pedras de crack, 31 sacolés de cocaína e 103 de desirée (mistura de crack e maconha).

Por volta das 20h30, os moradores iniciaram o protesto. Um ônibus da viação Pégasus foi incendiado na Rua Felipe Cardoso, que dá acesso à favela. Eles também destruíram as estações Cesarão 1 e 2 do BRT, o que provocou o fechamento de estações ao longo da Avenida Cesário de Melo.

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Logo depois do protesto, a polícia reforçou o policiamento no entorno da favela. Dois veículos blindados, conhecidos como caveirões, permanecem de prontidão em acessos da comunidade.Vans

No fim da noite de sexta-feira, motoristas de vans fecharam a Avenida Engenheiro Souza Filho, na Favela Rio das Pedras, e atearam fogo em pneus e pedaços de madeira. Eles protestaram contra decisão da prefeitura, que proibiu a circulação de "lotadas" (transporte público clandestino) na região. Dos 1.200 veículos, apenas 392 foram autorizados a trafegar entre a Barra da Tijuca e Jacarepaguá.

Cerca de 600 pessoas participaram da manifestação e chegaram a fechar o trânsito utilizando 30 vans. Foram dispersadas pela PM, que usou bombas de gás lacrimogêneo. Na manhã deste sábado , eles voltaram a interromper parcialmente a Avenida Engenheiro Souza Filho. Veículos de passeio puderam passar, mas ônibus foram impedidos de circular.