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Sessão precisou ser interrompida porque motoristas e cobradores protestaram contra a decisão dos vereadores | Luiz Carlos da Cruz/Gazeta do Povo
Sessão precisou ser interrompida porque motoristas e cobradores protestaram contra a decisão dos vereadores| Foto: Luiz Carlos da Cruz/Gazeta do Povo

Em sessão tumultuada na manhã desta segunda-feira (8), vereadores de Cascavel, no Oeste, aprovaram o veto do prefeito Edgar Bueno (PDT) ao projeto aprovado por eles mesmos que previa o fim da dupla função dos motoristas do transporte coletivo que também atuam como cobradores. No início da manhã, 70% da frota de ônibus não circulou e durante a sessão a paralisação chegou a 100%.

Após a votação que manteve o veto por 9 votos contra 7, a sessão precisou ser interrompida porque motoristas e cobradores que acompanhavam a votação começaram a gritar palavras de ordem e criticar os parlamentares. Eles prometem encaminhar ao Legislativo um ato de repúdio contra os vereadores.

Depois eles usaram um carro de som e fizeram discursos em frente à Câmara de Vereadores. De acordo com Nelson Mendes de Borba, presidente do Sintracovel (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Cascavel), os trabalhadores voltam ao trabalho enquanto que a entidade sindical inicia uma negociação com as empresas. "A luta continua, é uma pequena batalha que a gente perdeu, mas isso não significa nada para a gente. Vamos tirar uma pauta e enviar para as empresas", afirmou.

O líder sindical diz que após o envio da pauta às empresas serão discutidas novas mobilizações. Durante os discursos, uma das propostas foi marcar um dia em que os motoristas se recusarão a deixar a garagem caso não estejam acompanhados de um cobrador.

As empresas Viação Capital e Pioneira, que prestam o serviço de transporte público em Cascavel informaram que não pretendem colocar cobradores nos chamados "micrões". Apenas os ônibus articulados possuem cobradores. Já está em estudo um projeto para eliminar de vez o uso de dinheiro nas tarifas do transporte como acontece hoje em Curitiba. As empresas pretendem firmar convênios com lojas para que os cartões possam ser recarregados em vários pontos da cidade.

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