O Paraná não corre o risco de enfrentar um racionamento de energia elétrica por conta do longo período de estiagem que atinge a Região Sul. Quem garante é o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, que participou ontem, em Curitiba, de uma reunião com representantes de 20 empresas do setor elétrico do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. "Não há a menor possibilidade de racionamento no Sul. Os níveis dos reservatórios ainda estão bem afastados da curva de segurança", afirma o diretor. Desde a última semana, 65% da energia consumida na Região Sul vem sendo transferida da Região Sudeste, o que mantém o nível das represas das hidrelétricas em 28% de sua capacidade 15 pontos porcentuais acima do mínimo tolerado, que é de 13%.
Cerca de 7,7 mil megawatts (MW) de energia são consumidos diariamente na Região Sul, segundo o ONS. Deste total, 5,2 mil MW diários estão sendo "importados" do Sudeste, mil MW são produzidos por geração térmica e o restante pelas hidrelétricas da região. A operação de transferência que já alcançou o limite de capacidade das linhas de transmissão de energia pode ser mantida por tempo indeterminado. "Não existe limite de tempo para a transferência ficar operando na capacidade máxima, é pouco provável que a estiagem passe de setembro. O comportamento hidrológico do Sul é sempre o mesmo. Depois desse período de seca, logo deve começar a chover", avalia Chipp.
Para o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, o encontro tranqüiliza os estados do Sul. "Não vai haver racionamento enquanto houver energia para o Sul", diz. Entre as providências mencionadas por Chipp está a retomada do funcionamento, até meados de agosto, de um terceiro transformador na linha de transmissão de Ivaiporã, no Paraná, aumentando em 200 MW diários a possibilidade de transferência do Sudeste para o Sul. Segundo a Copel, o transformador estava parado por problemas técnicos.
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