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Os avós de hoje não são mais como os de antigamente. Praticam esportes, fazem noitadas, saem para dançar, viajam e fazem mil coisas que seus pais e avós não faziam na mesma idade. A assistente social Samira Kauchakje, doutora em Ciências Sociais Aplicadas e professora de Gestão Urbana e Sociologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, aponta a vivacidade da terceira idade de hoje. "A geração anterior era muito mais reprimida, com poucas possibilidades de qualidade de vida. Muitas vezes, ao terem de arcar com a educação dos netos, os avós de antigamente acabavam deprimidos e isso influenciava negativamente as crianças".

Com o passar do tempo, os idosos ganharam em qualidade de vida e fazem parte de uma geração ativa. "Houve mudanças culturais muito importantes. Hoje eles cuidam se seus filhos-netos e ficam satisfeitos com isso." Mas é importante lembrar que a presença dos avós é positiva quando ocorre por vontade própria e sem pressão. "Se é uma escolha deles estarem com a criança, ela sai ganhando porque o que precisa é de alguém que a ame, cuide com segurança e transmita valores. E isso os avós podem fazer muito bem."

Quando Janaína nasceu, há 16 anos, a avó Simone Doli Rocha, 53 anos, não teve escolha. "Minha filha não tinha condições de cuidar da menina. Pensava em dar o bebê para algum desconhecido, mas meu coração não permitiu", diz. Mesmo trabalhando, Simone assumiu a educação da neta e de outros cinco filhos. Apesar da sobrecarga, diz que nunca se arrependeu. "Não foi fácil, mas valeu a pena. Ela nos trouxe muitas alegrias. Agora ela vai cuidar de sua vida e morar com o namorado. Eu fico feliz, mas vou sentir muita saudade. Ela era a minha companheirinha", diz, emocionada.

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