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Rio – As polícias Civil e Militar e a Superintendência da Receita Federal deflagraram ontem a Operação Tio Patinhas, com o objetivo de combater a exploração ilegal do jogo no Rio. No fim da tarde, ainda sem o balanço final da ação, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, anunciou a apreensão de pelo menos 1.300 máquinas caça-níqueis, a maioria na zona oeste, a interdição de um depósito em Vila Isabel, na zona norte, onde elas estavam sendo montadas, e o estouro de duas bancas de jogo do bicho em Copacabana, na zona sul. Ninguém foi preso.

O superintendente da Receita no Rio, César Augusto Barbiero, disse que os responsáveis pelos estabelecimentos comerciais e depósitos onde estavam as máquinas foram ouvidos no local, e posteriormente serão chamados à delegacia para formalizar o depoimento. "Se fossem presos, os prazos legais para a conclusão do inquérito seriam encurtados e o que nós queremos é concluir o trabalho de investigação e chegar nos verdadeiros proprietários e exploradores do jogo", afirmou.

O secretário Beltrame disse já haver indícios de quem são os donos das máquinas, mas julgou precipitado revelar se há relação com alguns dos envolvidos na Operação Furacão, que investiga a relação de contraventores com magistrados e membros do Ministério Público.

Cerca de 550 homens participaram da operação de ontem – 350 policiais militares, 100 da Polícia Civil e 100 técnicos da Receita Federal. A ação foi planejada por três meses por agentes do setor de inteligência do Gabinete de Gestão Integrada, formado por representantes das três esferas do poder.

Os equipamentos apreendidos ontem foram levados para um depósito em local não revelado para impedir que as máquinas sejam violadas, como descobriu-se que já vinha acontecendo. Segundo Beltrame, componentes eletrônicos de equipamentos que haviam sido lacrados pela PF durante a Operação Gladiador, em dezembro do ano passado, estavam sendo retirados e passados para dentro de outros máquinas, que estavam numa num depósito ao lado.

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