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A Polícia Federal (PF) realizou na manhã de ontem uma operação para desmanchar um suposto esquema de contrabando de equipamentos para computador envolvendo empresas de informática, transportadoras e doleiros. A Operação Banda Larga resultou na prisão de duas pessoas e na apreensão de mais de R$ 50 mil em mercadorias, além de uma grande quantia em dinheiro. A ação cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, sete deles em Curitiba e cinco em Foz do Iguaçu.

Em Curitiba, foram presos em flagrante os sócios da empresa de informática CMC. Nas três lojas que os irmãos mantinham na capital foram recolhidos diversos equipamentos. Em Foz do Iguaçu, a PF apreendeu US$ 80 mil, 12 mil euros e R$ 67 mil, mas nenhuma pessoa foi presa.

De acordo com o delegado responsável pela operação, Omar Haj Mussi, o esquema tinha início com os pedidos de compra das mercadorias. "As encomendas eram feitas por meio da internet, pelos proprietários das empresas de informática diretamente aos lojistas de Ciudad del Este, no Paraguai", explica. Transportadores e laranjas eram pagos para retirar a mercadoria no país vizinho e, burlando a fiscalização na fronteira, conseguiam entrar no Brasil sem pagar impostos. "O grande problema no combate ao contrabando desse tipo de equipamento está no tamanho da mercadoria, que muitas vezes cabe em bolsos e mochilas", afirma o delegado.

O pagamento aos transportadores – que também serão indiciados no processo – era feito por meio de depósitos bancários ou transferências eletrônicas em nome de outros laranjas, indicados pelos doleiros envolvidos. "Também o pagamento aos lojistas paraguaios era repassado pelos doleiros", conta Mussi.

A mercadoria apreendida em Curitiba está no depósito da Receita Federal, que fará a avaliação dos equipamentos para saber qual foi o valor total desviado. O número exato de equipamentos recolhidos na capital também não foi divulgado. As investigações foram iniciadas há três meses e os envolvidos serão indiciados pelos crimes de contrabando e formação de quadrilha. Se condenados, os acusados podem pegar de um a quatro anos de prisão.

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