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Sessenta servidores da Receita Federal (RF) e 20 agentes da Polícia Federal (PF) foram deslocados para Foz do Iguaçu para mais uma ação anticontrabando na fronteira do Brasil com o Paraguai: a Operação Fronteira Blindada, iniciada às 13h30 de ontem. Fiscais da RF ocuparam a praça de pedágio de São Miguel do Iguaçu e o posto Bom Jesus, em Medianeira, ambos na BR-277, para fazer uma fiscalização 24 horas.

O foco da operação são carros de passeio, táxis e caminhões que passaram a serem utilizados pelos contrabandistas para transportar mercadorias sem o pagamento de impostos (no lugar dos ônibus). Prevista para acabar no dia 30 de junho do ano que vem, a operação foi estrategicamente deflagrada nesta época do ano por conta da proximidade do Natal, que costuma atrair um maior número de sacoleiros.

Além da fiscalização na BR-277, estão sendo feitas blitzes volantes em Foz do Iguaçu e em estradas secundárias utilizadas como desvio. A PF deslocará mais quatro policiais para o patrulhamento e receberá quatro delegados para atuar em Foz durante a operação.

A ação substitui a Operação Cataratas, que terminou ontem com um saldo positivo. Segundo a RF, o volume de mercadorias contrabandeadas na fronteira caiu 60% durante a operação realizada entre novembro de 2004 e outubro deste ano. Os fiscais apreenderam cerca de US$ 60,3 milhões em mercadorias contrabandeadas (com entrada proibida no Brasil) e descaminhadas (que ingressaram no país sem o pagamento de impostos). Isso representa um crescimento de 121% das apreensões em relação ao mesmo período do ano anterior, que foi de US$ 27,2 milhões.

Durante a Operação Cataratas, os fiscais também apreenderam 1.266 veículos – a maioria ônibus em poder de sacoleiros. Ainda foram recolhidas 2,1 toneladas de maconha, 13,34 quilos de cocaína e 22,67 quilos de crack.

Para o delegado José Carlos Araújo, a intenção é apertar ainda mais o cerco ao contrabando. "Com isso vamos ter a possibilidade de nos aproximar de um controle pleno da fronteira", diz.

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