As promotorias de Justiça Especializada Criminal e de Defesa do Consumidor cumpriram três mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça contra Luís Vincenzi, seu filho Leandro Vincenzi e a nora Daiane Ampese Vincenzi, suspeitos de participação em um dos esquemas de adulteração de leite descobertos no Rio Grande do Sul desde maio de 2013, em Guaporé, neste quarta-feira.
Em uma das investigações do ano passado, o Ministério Público já havia denunciado Leandro Vincenzi e seu pai, Luís Vincenzi, pela adição de soda cáustica, sal, bicarbonato de sódio e ureia contendo formaldeído ao leite que a LTV Indústria, Transporte e Comércio de Laticinios Ltda, da qual eram sócios, transportava. Leandro foi preso em maio e solto em dezembro, por decisão da Justiça.
As promotorias seguiram investigando o caso e descobriram que a empresa, mesmo depois de passar algum tempo interditada pelo Ministério da Agricultura, voltou a praticar fraudes, com participação de Daiane Vincenzi no período em que o marido dela, Leandro, esteve preso.
Transcrito parcialmente em nota distribuída pelo Ministério Público, o despacho da juíza da Comarca de Teutônia, Patrícia Stelmar Netto, afirma que "se trata de um envenenamento em massa beirando ao genocídio, contra os consumidores de leite e seus derivados, um crime hediondo, com consequências graves e sérias à população".
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