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Vídeo| Foto: Reprodução RPC TV

Operação Metalose

A ação, batizada de Operação Metalose, foi desencadeada em quatro estados (São Paulo, Paraná, Pernambuco e Maranhão) juntamente com servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Foram autorizados 26 mandados de busca e apreensão

A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta quarta-feira (3) cinco mandados de busca e apreensão no Paraná durante a "Operação Metalose". Quatro mandados foram cumpridos na cidade de Londrina, no Norte do estado, e um em Curitiba. O objetivo da operação é acabar com uma quadrilha que falsificava próteses humanas usando materiais sucateados.

A operação, que foi coordenada pela PF de Marília (SP), também aconteceu nos estados de São Paulo, Pernambuco e Maranhão. Nos quatro estados foram expedidos 26 mandados. As próteses falsificadas eram produzidas na cidade de Marília. A PF suspeita que em Londrina e Curitiba estivesse sendo comercializado o material adulterado. Segundo o delegado da PF de São Paulo, coordenador da operação, Fernando Francischini, nenhuma pessoa foi presa no Paraná. As prisões aconteceram somente no estado de São Paulo.

Em Londrina, os mandados foram cumpridos em uma clínica, em uma residência, na associação do Movimento das Esposas de Policiais Militares (Mepom) e em uma empresa de representação de materiais ortopédicos. Foram apreendidos prontuários, material de divulgação e duas próteses. O nome dos estabelecimentos não foi divulgado por que a investigação corre em segredo de justiça.

De acordo com o delegado da PF em Londrina, Evaristo Kuceki, a partir dos prontuários recolhidos a polícia vai chamar os pacientes para prestar depoimento. "O objetivo das buscas foi para identificar os pacientes e chamá-los para depor", afirmou Kuceki.

Em Curitiba foi cumprido apenas um mandado de busca e apreensão, em uma clínica no bairro Batel. O responsável pelo estabelecimento não foi encontrado no local, segundo o delegado Fernando Francischini. "Isso é um crime que afeta milhares de pessoas no país", afirmou Francischini. A Anvisa divulgou um número de telefone para esclarecimentos sobre as próteses por meio do Disque-Saúde 0800-611997 e pelo e-mail ouvidoria@anvisa.gov.br

Investigações

De acordo com a PF, a organização agia há pelo menos quatro anos na produção e venda de próteses humanas para a substituição de ossos e dentes. As próteses eram feitas a partir de material falsificado e fora da especificação. As investigações começaram em novembro de 2006. Segundo a PF, a ação criminosa gerava um lucro de até cem vezes o custo do produto falsificado.

Os envolvidos responderão pelo crime previsto no artigo 273 do Código Penal, que corresponde às condutas de falsificar, corromper e adulterar produtos de uso médico-hospitalar, cuja pena varia de 10 a 15 anos de reclusão.

Mais de 150 policiais federais e servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) participam da operação, que leva o nome da doença que pode acontecer em razão do uso de próteses inadequadas.

Uma coletiva de imprensa está sendo realizada na tarde desta quarta-feira (3) em São Paulo, onde a PF passa mais informações sobre a operação.

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