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Uma pessoa morreu e três ficaram feridas em uma operação que está sendo realizada pela Polícia Militar nos morros do Salgueiro e na Coruja, em São Gonçalo, na manhã desta-segunda-feira. Já foram apreendidos 132 papelotes de cocaína, 39 trouxinhas de maconha, um rádio transmissor e um revólver calibre 38. Uma moto roubada também foi recuperada.

Segundo a PM, a operação, que visa combater o tráfico de drogas na região, começou por volta das 7h e houve troca de tiros. Ao todo 500 homens do 7º BPM (Alcântara), Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e do Batalhão de Ação com Cães (BAC) participam da ação.

Morro está relacionado à prisão de Djalma Beltrami

O morro da Coruja esteve relacionado recentemente à prisão do coronel e ex-comandante do 7º BPM, Djalma Beltrami. A Polícia Civil e o Ministério Público acusaram o ex-comandante de estar envolvido em um esquema de pagamento de propina feito por traficantes do Morro da Coruja a policiais militares do batalhão.

O titular da Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói, Alan Luxardo, afirmou na última quinta-feira que não tem dúvidas de que Djalma Beltrami cometeu omissão dolosa sobre o suposto esquema de pagamento de propina.

Na última sexta-feira, pela segunda vez em menos de um mês, o coronel ganhou o direito à liberdade. O desembargador Antonio Carlos dos Santos Bitencourt, concedeu, no plantão judiciário, um habeas corpus ao oficial.

A primeira prisão de Beltrami ocorreu no 19 de dezembro, quando ele ainda comandava o 7º BPM. O oficial foi um dos 11 policiais presos na Operação Dezembro Negro, que teve também dois traficantes detidos. Na época, 40 suspeitos tiveram a prisão decretada. A operação foi feita pela DH de Niterói, com o apoio da Corregedoria Geral Unificada e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP.

Dois dias depois, uma reviravolta: o desembargador Paulo Rangel concedeu habeas corpus ao oficial. Na decisão, o magistrado escreveu que "estão brincando de investigar" e criticou o trabalho da DH. Rangel afirmou que o juiz da 2ª Vara Criminal de São Pedro da Aldeia, Márcio da Costa Dantas, que expedira o mandado de prisão, fora influenciado "pela maldade da autoridade policial", que entendera que o "zero um" - citado numa conversa em que um PM um acordo com um traficante - seria Beltrami.

O oficial, que ficou preso no QG da corporação, chorou ao saber do habeas corpus. E na ocasião afirmou: "A gente se sente impotente e injustiçado. Tenho 27 anos de polícia, nunca recebi propina. Meus bens são todos comprovados". Mesmo libertado, Beltrami foi exonerado do 7º BPM.

Agora, segundo o inquérito, em alguns diálogos PMs se dirigem ao próprio Beltrami chamando-o de "zero um". Segundo o MP, numa outra escuta, há uma instrução de Beltrami a um dos seus subordinados: "Tira tudo que tiver (sic) errado nas viaturas: touca ninja, munição errada e armamento, para não ter problemas com a corregedoria". Para a polícia, essa é uma das provas da participação dele nos crimes de tráfico, corrupção e formação de quadrilha.

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