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Cinco clínicas de tratamento estético em Curitiba foram parcialmente interditadas em operação do Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa) da Polícia Civil, em parceria com a Vigilância Sanitária. Batizada de Operação Vênus, a inspeção encontrou irregularidades em cinco de seis clínicas visitadas nas últimas segunda (13) e terça-feira (14). O Nucrisa instalou procedimentos criminais contra as clínicas irregulares.

A operação encontrou medicamentos, cosméticos e anestésicos vencidos, aparelhos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e reaproveitamento de material que entra em contato com tecidos humanos. Segundo a delegada titular do Nucrisa, Paula Crhistiane Brisola, essa última descoberta é particularmente preocupante, uma vez que o reaproveitamento pode causar infecção por bactérias e a transmissão de doenças como hepatite e aids.

Tanto o Nucrisa quanto a Vigilância Sanitária não quiseram revelar quais foram as clínicas parcialmente interditadas.

Segundo o diretor de Saúde Ambiental da Prefeitura, Luiz Antônio Bittencourt Teixeira, o motivo de não divulgar o nome das clínicas parcialmente interditadas é preservar a identidade dos envolvidos e evitar ações judiciais. Teixeira diz que apenas alguns procedimentos dessas clínicas foram interditados – carboxiterapia, endermologia e vacuoterapia –, mas elas têm autorização de continuar operando em tratamentos menos invasivos, como massagens e drenagem linfática.

A delegada do Nucrisa afirma que a operação Vênus vinha sido preparada há dois meses. A motivação veio da grande demanda de pessoas que, depois de passar por clínicas de estética, compareciam à delegacia para se queixar de lesão corporal. "Devemos tratar também da parte preventiva, não só do dano", diz a delegada.

A direção da delegacia informa que denúncias de irregularidades em clínicas estéticas devem ser feitas na sede do núcleo, que fica na Rua Desembargador Ermelino de Leão, 513.

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