Operação Paz na Praça realiza abordagens em locais considerados críticos

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Com o intuito de devolver espaços públicos à população, foi realizada no último final de semana uma operação para coibir o consumo de drogas, pequenos furtos e a perturbação do sossego. Apelidada de Paz na Praça, a ação é organizada pela Guarda Municipal (GM) e deverá se repetir nas próximas sextas-feiras e sábados à noite em locais mapeados e apontados pela população como espaços que oferecem riscos ou incômodos pela concentração de pessoas e veículos.

O diretor da Guarda Municipal, Cláudio Frederico de Carvalho, explica que a Operação Paz na Praça tenta reverter a situação de abandono em que estavam alguns logradouros de Curitiba. "O objetivo é devolver esses espaços para a população para que as pessoas possam aproveitar e se divertir de fato nesses lugares. A praça é um bem da cidade que existe para trazer qualidade de vida para seus moradores."

Apesar do nome, a operação não se restringe apenas às praças e as abordagens a pessoas e veículos devem acontecer também em bosques e parques de Curitiba. No último final de semana, cerca de 15 viaturas e 50 guardas municipais estiveram na Praça Redentor (do Gaúcho), no Parque Barigui, Praça da Espanha, Jardim Ambiental e Praça João Cândido (no Largo da Ordem), em algumas situações com mais de uma abordagem por noite.

Carvalho conta que, além destas, nas próximas semanas as praças Tiradentes, Rui Barbosa e Abílio de Abreu também receberão a Operação Paz na Praça. O calendário com as datas em que cada espaço terá a presença em massa dos guardas não é divulgado pela GM porque, segundo o diretor, o elemento surpresa garante maior eficiência às ações. "Nós temos a nossa programação, mas ela pode mudar até um minuto antes de acontecer. Uma viatura da guarda fica monitorando o local, mas se não houver concentração suspeita de pessoas nós vamos para outra praça ou bosque."

Ainda de acordo com o diretor, é possível que outros espaços públicos da cidade sejam incluídos neste planejamento, conforme as reclamações feitas por meio do 156. "O povo que apronta migra, então nós migramos também."

Para a operação Paz na Praça são destacados no mínimo 30 guardas municipais e até 15 viaturas, uma de cada área, além da central, do Grupo de Operações Especiais (Goe) e do Grupo de Operações Especiais com Canil. As abordagens, que duram de seis a sete horas, contam ainda com funcionários da Secretaria de Urbanismo, do Meio Ambiente e da Setran.

Apesar de realizar ações semelhantes nas últimas semanas, que funcionaram de teste, na última sexta-feira (4) e sábado (5) foi realizada a primeira edição da Operação Paz na Praça, quando foram apreendidos 13 buchas de cocaína, buchas e cigarros de maconha, lança-perfume, haxixe, crack, 171 garrafas de bebidas alcoólicas, além de canivetes, estrelas ninjas e sprays de tinta. Três veículos foram removidos pela Secretaria de Trânsito (Setran) e dois adolescentes encaminhados para o Conselho Tutelar, além da emissão de 115 notificações, segundo o balanço apresentado pela Guarda."A avaliação que fazemos dessa primeira operação é muito positiva. Revistamos cerca de 500 a mil jovens e não localizamos qualquer arma de fogo, por exemplo. Vamos continuar ao longo do ano e pedimos que a população nos auxilie indicando os endereços que se convertem em problema para os vizinhos e informando quando ver pessoas fugindo das abordagens", ressalta Carvalho.

Ele lembra que pichação é crime e que quem for flagrado com lata de spray será encaminhado à delegacia para ser notificado por vandalismo.