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Ferido na perna, Leo Santa Marta é socorrido por policiais militares | Fábio Gonçalves/AE
Ferido na perna, Leo Santa Marta é socorrido por policiais militares| Foto: Fábio Gonçalves/AE

Rio de Janeiro - Uma operação policial deflagrada ontem na favela Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, zona sul do Rio, deixou quatro acusados de tráfico de drogas mortos e dois feridos. De acordo com policiais da 12ª Delegacia de Polícia (DP), de Copacabana, entre os mortos estaria Francisco Rafael Dias da Silva, o Mexicano, de 27 anos, que é apontado como chefe do tráfico.

Com os suspeitos foram apreendidos um fuzil G3, 13 pistolas, duas granadas e mais de mil munições para diversos calibres. Um homem foi detido. O tiroteio levou pânico novamente aos bairros de Botafogo, Humaitá e Copacabana uma semana após uma tentativa de invasão à favela por criminosos da Rocinha.

De acordo com o comandante do 19º Batalhão, em Copacabana, tenente-coronel Edson Almeida, a ação policial aconteceu após informes de que traficantes da favela estariam reunidos nas matas, na localidade conhecida como Coroa. Por volta das 10h30, uma guarnição de 18 policiais foi recebida a tiros por homens armados no local. Os policiais reagiram e quatro criminosos morreram.

Após o confronto, a polícia prendeu o suspeito Marco Polo Ferreira, de 24 anos, que tentava ser atendido na Unidade de Pronto-Atendimento de Botafogo com um tiro na nádega e outro na mão esquerda. Minutos depois, Leonardo da Silva Gomes, o Leo Santa Marta, 18, ferido com um tiro na perna direita, foi preso após se esconder na casa de um morador da Favela dos Tabajaras.

Todos os mortos e feridos pertenceriam a uma quadrilha da favela Santa Marta, em Botafogo, que atualmente ocupa a Ladeira dos Tabajaras. Liderados por Mexicano, eles expulsaram os comparsas do Comando Vermelho que dominavam o tráfico na Tabajaras. Revoltados, os expulsos mudaram de quadrilha e se refugiaram na Rocinha, dominada pela facção criminosa Amigos dos Amigos. Em 21 de março, eles tentaram sem sucesso retomar a favela. Cinco deles foram mortos e três ainda estão desaparecidos.

Moradores da favela estão descontentes com a violência. "Aqui sempre foi calmo. Agora, os preços dos imóveis desabaram e ninguém mais consegue ter paz", lamentava a dona de um bar na entrada do local.

Encravada entre Copacabana e Botafogo, a favela cresce pela encosta do Morro de São João e está ligada pela Rua Euclydes da Rocha ao Morro dos Cabritos, que tem saídas para os bairros do Humaitá, Copacabana e Lagoa. Por conta destes vários acessos, um tiroteio no local pode ser ouvido em vários bairros da zona sul.

Ontem, vários pais de alunos de colégios tradicionais de Botafogo foram buscar seus filhos após os primeiros tiros, mas o comércio e as escolas permaneceram abertos.

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