A Operação Cupim, desencadeada nesta segunda-feira (11) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público de Mato Grosso do Sul e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu 15 pessoas acusadas de envolvimento em esquema de sonegação fiscal no transporte de madeira da Amazônia.

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Os policiais também apreenderam documentos, computadores, notas fiscais adulteradas, carimbos falsos, cofres, armas e munições.

Entre os presos estão empresários e servidores públicos de Mato Grosso do Sul, que facilitavam o transporte e comercialização ilegal de madeiras ameaçadas de extinção, como peroba e castanheira. A madeira nobre era misturada nos caminhões a espécies de menor valor, como o pinus.

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Além de facilitar a passagem dos carregamentos, os servidores públicos envolvidos são acusados de falsificar carimbos da Receita Estadual e duplicar notas fiscais.

De acordo com a PRF, uma mesma nota fiscal era emitida para até cinco carregamentos. Os caminhões utilizavam as rodovias de Mato Grosso do Sul para chegar aos mercados de São Paulo e do Paraná. Se um dos veículos fosse parado pela fiscalização, os demais eram orientados a interromper a viagem até a substituição da nota fiscal para evitar que a PRF descobrisse a duplicidade.

A fraude era executada pelo menos desde abril de 2008. A estimativa da PRF é que em um ano o esquema tenha movimentado mais de R$ 10 milhões. Cerca de 30 mil metros cúbicos de madeira foram desviados de forma ilegal.