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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) desencadeou na manhã desta terça-feira (4) uma operação para desmantelar uma célula da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que age em cidades da região oeste do Paraná. A Operação Uanã cumpriu mandados de prisão nas cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu, Palotina e Assis Chateaubriand.

De acordo com a polícia, foram presas 23 pessoas e apreendidos cinco menores de idade. A operação contou com policiais militares de várias cidades do Paraná, entre eles equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) de Curitiba. A ação também teve a participação da Polícia Civil e de policiais militares do Mato Grosso do Sul. O procurador de Justiça e coordenador do Gaeco no Paraná, Leonir Batistti, acompanhou de perto a operação.

De acordo como Gaeco, as investigações tiveram início em fevereiro do ano passado e apontaram Rodrigo Elias da Conceição, conhecido como Cinzento, como o homem que articulava roubos de carros mesmo estando preso, na época, na cadeia pública de Palotina. Os carros eram trocados por drogas e armas, que abasteciam a quadrilha. A cidade de Guaíra, na fronteira com o Paraguai, servia como depósito dos carros roubados, que seriam guardados por Alessandro Carvalho Marques, o "Bugão", preso pelo Gaeco no dia 31 de agosto.

Vanderlei da Silva Brasil, o "Dele", é acusado de comandar o roubo de carros na região de Palotina. Ele também seria responsável pela logística da facção criminosa. Segundo a investigação, outro líder do bando é Miguel Henrique Marques Fante, que teria a responsabilidade de "doutrinar" os integrantes da facção. Ele também fazia uma espécie de marketing criminoso, divulgando em seu site músicas que fazem apologia ao crime. Ainda de acordo com o Gaeco, os membros do bando agiam com violência, empregando terrorismo psicológico contras vítimas que, mesmo após os roubos, eram extorquidas. O dinheiro arrecadado com as extorsões era empregado no tráfico de drogas. A Operação Uanã é um desdobramento da Operação Pandora, que prendeu, na semana passada, 13 pessoas. Uanã na linguagem indígena significa "vaga-lume", inseto de hábitos noturnos que brilha na escuridão. A quadrilha, segundo a polícia, agia somente a noite e utilizava faroletes para abordar as vítimas. Foram essas características que inspiraram o nome da ação.

Segundo a polícia, a quadrilha também abastecia membros da facção, que cumprem pena em cadeias da região, com drogas e celulares. Os telefones e os narcóticos eram escondidos dentro de potes de margarina e latas de sardinha para chegarem até as celas.

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