Brasília O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), e o sub-relator de Sistematização, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), voltaram a acusar a Polícia Federal (PF) de obstruir os trabalhos. Como suposta prova, Jungmann e Sampaio citaram a negativa dos dirigentes da PF de transferir à CPI os dados obtidos pela quebra do sigilo bancário fiscal e telefônico dos envolvidos na compra do dossiê Vedoin.
"A Polícia Federal vem criando dificuldades, restringindo o envio de documentos", afirmou Jungmann. Para Sampaio, fica "clara" a intenção dos dirigentes da polícia em preservar os envolvidos ligados ao governo. "A PF está orientada a andar em passos de tartaruga e faz de tudo para afastar o Palácio do Planalto das investigações", acusou.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, rebateu as acusações. "Eu gostaria que se apontasse um fato concreto, um ato, uma circunstância, uma atitude da Polícia Federal que indicasse isso (atraso nas investigações). Não existe nada. Essa investigação é comandada por um juiz extremamente profissional e feita por delegados competentes, sob a fiscalização do Ministério Público Federal. Agora, querer tirar disso vazamento de informações e jogo de ano eleitoral nós não vamos deixar", afirmou.
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