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Não por vontade própria, uma legião de Daniéis foi lançada à condição de objeto, que só ganha alguma importância quando tem alguns trocados para se colocar no papel de consumidor. Mas são eles os responsáveis por um dos maiores orgulhos do país. O Brasil tem 130 mil pessoas vivendo exclusivamente do lixo, segundo a associação Compromisso Empresarial para a Reciclagem. É o quarto país do mundo na reutilização do plástico e líder no ranking da reciclagem de latas de alumínio, à frente de países como os Estados Unidos, Dinamarca, Noruega e Suíça.

O reaproveitamento de latas chega a impressionantes 96,2%. Os catadores ajudam com metade de toda sucata de alumínio usada pela indústria, cabendo o restante aos supermercados, escolas, empresas e entidades filantrópicas. O Brasil recicla 127,6 mil toneladas deste material por ano, de acordo com a Associação Brasileira de Alumínio. Um quilo do produto equivale a 75 latinhas e custa R$ 3,50 em média.

De lata em lata, homens, mulheres e crianças de baixa renda ajudam o país a poupar R$ 30 milhões por ano. A reciclagem é sem dúvidas importante para a economia e ao meio ambiente, mas o trabalho dos catadores está mais ligado à exclusão social do que à consciência social ou ambiental, alerta a socióloga Isa Maria de Oliveira, do Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil.

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