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O formato e o material das carteirinhas de faculdades e universidades facilitam a falsificação. A tal ponto que pessoas sem o menor conhecimento em adulteração de documentos conseguirem cópias praticamente perfeitas que dificultam a identificação por partes de bilheteiros e fiscais nos espetáculos.

Antônio (nome fictício), que já falsificou mais de 50 carteirinhas em dois anos, dá um exemplo disso. Certa vez, ele e um amigo foram a uma partida de futebol. O amigo, mesmo estando com uma carteira de estudante verdadeira, foi barrado pelo segurança, que desconfiou do documento, e teve que comprar o ingresso no valor inteiro. "O engraçado é que com a minha, que era falsificada, eu entrei sem nenhum problema", afirma.

Para impedir situações como essas, o movimento estudantil se articula para criar ferramentas que impeçam a falsificação. De acordo com o presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Arilton Freres, a União Nacional dos Estudantes (UNE) tem debatido em seus congressos a criação de um modelo único de carteirinha por parte das instituições de ensino. A idéia é criar um selo, com uma marca d’água, com o aval do Ministério da Educação (MEC), que seria implantado nas carteirinhas. "O ideal seria haver uma regulamentação, pois do jeito que está ninguém tem como fiscalizar", aponta.

Representatividade

Entretanto, na opinião de Freres, a melhor situação para se contornar tal crime seria a queda da MP 2.208. "O ideal seria que os estabelecimentos aceitassem carteirinhas apenas das entidades que representam os estudantes", argumenta. A explicação é de que as carteirinhas da UNE e da UBES contêm proteções que dificultam a falsificação: número de certificação, marca d’água e são feitas de cartões semelhantes ao dos bancos, mais difíceis de serem copiados.

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