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 | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

O ensino precisa mudar

O empresário e engenheiro biomédico Leonardo Rodrigues da Silva (foto), 41 anos, participou da definição dos perfis de profissionais do futuro pela sua conduta na área da Saúde. Ele, que possui uma empresa inovadora na área de reabilitação de atletas, defende a importância da publicação da Fiep especialmente entre a comunidade acadêmica, que precisa repensar o modelo de ensino. "O conceito de educação voltada para a inovação é diferente do conceito de ensino tradicional. O profissional inovador tem perfil questionador, o que pode não ser bem-visto pelos professores."

500 páginas do estudo Perfis Profissionais para o Futuro da Indústria Paranaense analisam os 227 perfis profissionais que devem ser mais requisitados até o ano de 2030 em 12 setores considerados importantes para o futuro da indústria do estado. Para chegar às características dos profissionais do futuro foram quatro anos de pesquisa de tendências tecnológicas e sociais, painéis de discussão e entrevistas com representantes da indústria, de sindicatos, do terceiro setor, de instituições de ensino e do governo.

A aplicação de conceitos de sustentabilidade, que já são indispensáveis em qualquer grande projeto industrial hoje em dia, no futuro próximo vai exigir ainda mais conhecimento dos profissionais da área. Eles deverão ter, por exemplo, uma visão sistêmica da cadeia produtiva e domínio de ferramentas que reduzam impactos ambientais, entre outras capacidades.

INFOGRÁFICO: Veja um exemplo de atuação de cada um dos setores e áreas apontadas como detentoras de perfis profissionais do futuro

As informações sobre esse e outros 226 perfis profissionais do futuro fazem parte de um estudo da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que resultou na publicação Perfis Profissionais para o Futuro da Indústria Paranaense (disponível em www.perfisprofissionais.org.br) . A série contém 12 livros com informações sobre cada um dos setores considerados importantes para a indústria do estado. A coleção será lançada na noite de hoje no Campus da Indústria, em Curitiba.

A publicação, desenvolvida pelos Observatórios Sesi/Senai/IEL, tem como público-alvo prioritário as instituições de ensino, que podem adequar o currículo de seus cursos, ou criar outros, a partir dos resultados apresentados. Essa necessidade de oferecer subsídios às instituições formadoras de profissionais foi descoberta a partir do resultado de dois estudos prévios da entidade, um que apontava os setores da indústria chamados de portadores de futuro para o estado, e de outro que indicava rotas estratégicas para desenvolver esses setores. Diante dessas pesquisas, a formação profissional apareceu como um fator crítico para o desenvolvimento dos setores investigados.

"Considerando os fenômenos sociais e tecnológicos que devem ganhar força nos próximos anos, temos de criar perfis profissionais que respondam às necessidades futuras. Essa é uma revolução rápida e as instituições de formação têm de considerar isso nos seus programas de ensino", comenta uma das pesquisadoras que atuou no estudo, Raquel Valença. Para a gerente dos Observatórios, Marilia de Souza, um dos desdobramentos da publicação é a implementação de ações baseadas nos resultados entre as instituições de ensino. "Estamos pensando em um projeto de materialização desses perfis profissionais por meio de ofertas formativas dentro da Fiep."

As descrições dos perfis, que trazem as atividades que estarão em alta nessas duas décadas, os domínios esperados dos profissionais e as tendências dentro do estado e do país também têm grande utilidade para quem está na fase de escolher uma carreira ou que pensa em mudar de área. "Acho a publicação muito útil para um jovem que esteja pensando em construir ou decidir por uma carreira dentro do setor industrial", diz Marilia.

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