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Ana Clara, 11 meses, é estimulada a comer com as mãos, para sentir a textura e o cheiro dos alimentos | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Ana Clara, 11 meses, é estimulada a comer com as mãos, para sentir a textura e o cheiro dos alimentos| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Estímulo é a palavra-chave na educação e nos cuidados com a pequena Ana Lara, de 11 meses, filha de Nattália e Glauco Lied. Em casa, ela tem um quarto montessoriano (que reúne diversos elementos estimulantes), recebe massagem, banho de imersão e está aprendendo a comer pegando os alimentos com a mão, para sentir a textura e o cheiro deles – mesmo que isso represente uma grande sujeira. Todas as experiências envolvem a estimulação dos cinco sentidos.

VÍDEO: Veja como estimular os sentidos dos filhos nos seus primeiros 48 meses de vida

O resultado? Uma criança mais calma e independente, segundo o relato dos pais. De acordo com os especialistas, é realmente essencial que, principalmente nos primeiros 48 meses de vida da criança, o ambiente e os cuidadores estimulem os cinco sentidos do bebê. Esse estímulo pode ser feito nos cuidados mais triviais ou por meio de técnicas específicas.

"Até os 4 anos, mas principalmente nos dois primeiros anos de vida, o cérebro está em franca formação. À medida que há estímulo, há crescimento dos neurônios e formação das sinapses. Isso influencia todas as outras conexões cerebrais durante a vida", relata o neuropediatra Antônio Carlos de Faria, do Hospital Pequeno Príncipe.

Os estímulos chegam aos bebês desde a hora que nascem, mas demoram para serem totalmente absorvidos. Manter as experiências sensoriais para os pequenos é essencial para que essas conexões cerebrais se mantenham na infância e na vida adulta.

"Por isso o estímulo tem de estar incluído no cotidiano dos pais e bebês", afirma Sabrina Battistella, pediatra da Johnson's Baby. É à medida que os sentidos são estimulados que a função referente a cada um deles passa a ser plena. "Estimular os sentidos ajuda o cérebro a ser responsivo ao ambiente em que vive", diz Faria.

Logo nos primeiros meses, os pais de Ana Clara começaram a carregá-la em um sling – recorte de pano que deixa o bebê próximo ao corpo dos pais, com movimentação contida, e que costuma acalmá-lo. Além disso, introduziram o banho de imersão, que reproduz o ambiente uterino, e uma massagem logo depois. "Foi preciso experimentar. Comecei a testar a massagem quando ela tinha um mês, mas ela chorava muito. Com o toque do meu marido, ela aceitava. O importante é não desistir destes rituais, até que encontre o jeito certo", comenta Nattália.

Não há risco de superestimulação. "Uma criança mais agitada precisa de um toque e do contato pele a pele que seja mais tranquilo. Uma que demonstre uma personalidade mais letárgica pode receber um toque mais enérgico", exemplifica Camila Rosa, doula e terapeuta corporal.

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