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Além de Curitiba e Foz do Iguaçu, outras cidades do Paraná figuram na lista dos 100 municípios mais violentos do país. E desde o ano 2001 o número de cidades paranaenses vem aumentando.

Em 2000, primeiro ano do estudo, cinco cidades do Paraná apareciam na lista: Curitiba (15º), Foz (33º), Cascavel (69º), Colombo (93º) e Londrina (98º).

Em 2001 apareceram os mesmos municípios, exceto Colombo, que fica na região metropolitana. Curitiba (15º), Foz (21º), Londrina (89º) e Cascavel (88º). Em 2002, além de Curitiba (17º), Foz (19º), Londrina (69º) e Cascavel (95º), a cidade de Guarapuava apareceu na pesquisa na 88ª colocação.

Em 2003 foi a primeira vez que os municípios de São José dos Pinhais e Pinhais, ambas região metropolitana de Curitiba, apareceram no ranking. Os dados mostravam Curitiba (12º), Foz (21º), Londrina (52º), Pinhais (58º), São José dos Pinhais (63º), Colombo (70º), Cascavel (94º).

E no último ano, 2004, oito cidades do Paraná figuram entre as 100 mais violentas do Brasil. Pela ordem, Curitiba (6º), Foz (10º), Londrina (40º), Cascavel (42º), Colombo (53º), São José dos Pinhais (73º), Almirante Tamandaré (78º) e Pinhais (98º). Motivos

De acordo com o médico Otaliba Libânio de Morais Neto, diretor do Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, "é nos grandes aglomerados urbanos das capitais e regiões metropolitanas que problemas como desigualdade social e mortes violentas apresentam mais gravidade", afirma.

"De acordo com o estudo, apenas Foz do Iguaçu foge a essa lógica e tem no crime organizado e na localização, na fronteira com Paraguai e Argentina, as explicações para o aumento da violência", avalia o diretor.

Objetivo do estudo

Com o ranking, a União quer traçar um mapa para direcionar recursos a programas da Rede Nacional de Prevenção à Violência - que recebeu R$ 5,5 milhões em 2005.

O mapa serve, segundo o Ministério da Saúde, para que o governo federal e os poderes estadual e municipal possam utilizar o estudo para a criação de políticas adequadas às situações de risco de cada localidade.

Em Curitiba (PR) e Goiânia (GO), o Ministério vai dedicar mais atenção às mortes no trânsito. De acordo com o vice-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB) 426 pessoas morreram nas ruas da cidade no ano 2000. Em 2004, "o número caiu para 398, apesar do aumento da população e do número de carros", informou. "Essa atenção do Ministério é bem-vinda. Quanto mais investimento melhor".

Números

As 100 cidades do ranking, de acordo com o Ministério, são responsáveis por praticamente um terço dos óbitos por violência ocorridos no país, que chegaram a 127 mil em 2003.

A pesquisa revela que os índices de violência têm caído, saindo de 45 mil mortes em 2002 para 41 mil em 2004. As taxas por 100 mil habitantes baixaram de 69,9 em 2002 para 62 mil em 2004. O estudo por si só não serve para elencar ou explicar as causas da violência, pois trabalha apenas com números brutos.

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