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Ponta Grossa – Presos amontoados, com alimentação insuficiente e reclamando de falta de assistência médica e jurídica. A situação, que é bastante comum em delegacias das cidades do interior do estado, ocorre também no mini-presídio Hildebrando de Souza, mais conhecido como cadeião de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais. Com 257 presos em um espaço reservado para 112, a situação chegou ao limite.

Ontem, uma semana após Júlio Teles Couto ser assassinado por companheiros de cela, mais um detento foi espancado. Vanderli de Andrade, preso por roubo, teve a cabeça batida várias vezes contra um bloco de concreto. Um pedaço de cabo de vassoura também foi usado na agressão. Andrade foi levado ao Hospital Bom Jesus com traumatismo craniano e várias escoriações. De acordo com informações do hospital, ele passa bem.

No último dia 17, Couto foi espancado da mesma forma que Andrade, três dias depois de ser preso em flagrante com 150 pedras de crack. Ele chegou a apanhar dos presos um dia antes de morrer. A hipótese mais provável é que Couto teria sido morto por detentos ligados ao narcotráfico, mas para o delegado-chefe da 13.ª Subdivisão Policial, Noel Muchinski, a briga por espaço nas celas pode ter causado o assassinato.

"O excesso de presos gera brigas. Essa poderia ser a primeira morte no presídio por essa causa", revelou. Quatro detentos, companheiros de cela de Couto, já prestaram depoimento. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.

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