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Ministro Paulo Bernardo: apoio ao metrô de Curitiba | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Ministro Paulo Bernardo: apoio ao metrô de Curitiba| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O governo federal já admite a possibilidade de ter de aplicar mais recursos no pacote que financiará as obras da Copa do Mundo de 2014, nas cidades-sede. Os recursos para o PAC da Copa, de acordo com o ministro do Planejamento, Paulo Bernado, podem chegar a R$ 9 bilhões – quase o dobro dos R$ 5 bilhões previstos inicialmente. Com o aumento da verba, a tendência, segundo Paulo Bernardo, é a de que o metrô de Curitiba seja incluído na lista. O martelo deve ser batido até o fim do ano.

A decisão do governo federal vem depois de terminada a romaria das comitivas das cidades-sede até o Planalto Central em busca de recursos para as obras da Copa. Só o metrô de Curitiba, um dos projetos apresentados pela prefeitura, custaria 25% do valor previsto no pacote inicial de ajuda às cidades-sede – dos R$ 2 bilhões orçados para a obra, metade estava sendo pedida ao governo federal. Com a advertência para que as prefeituras não exagerassem nos pedidos, Curitiba recuou e propôs implantar até a Copa apenas a metade do metrô, ao custo de R$ 1,4 bilhão, dos quais R$ 960 milhões seriam financiados pelo governo federal.

Não adiantou. O balde de água fria nos planos da prefeitura veio no fim do mês passado, com a declaração da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de que os projetos do metrô não entrariam no PAC da Copa e ficariam para o PAC 2, previsto para sair no ano que vem. Uma articulação nos bastidores, porém, parece ter revertido o jogo para Curitiba.

Dez dias depois da declaração de Dilma, em uma reunião entre a comitiva de Curitiba e o governo federal, em Brasília, a União voltou atrás e admitiu a possibilidade de financiar o metrô. Na sexta-feira, Paulo Bernardo, em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, confirmou que a tendência é incluir os planos de Curitiba no PAC da Copa.

De acordo com Paulo Bernardo, a apresentação de um plano B pela prefeitura, para o caso de a obra não ficar pronta até o campeonato mundial, facilitou a entrada do projeto de Curitiba no pacote. Um acordo com Porto Ale­gre, que também pedia verba para o metrô, também facilitou a negociação. "Acordamos com eles (gaúchos) de incluir o metrô de Porto Alegre no PAC 2, que deve sair em março." Para o prefeito Beto Richa, as negociações com o governo federal estão evoluindo. "A prefeitura está mantendo um diálogo muito construtivo com o governo federal", disse. De acordo com Paulo Bernardo, o empréstimo para o metrô deve ser feito a juros anuais entre 5,5% e 6%, em um prazo de 30 anos.

De acordo com o professor do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Eduardo Ratton, embora o metrô seja uma obra imprescindível para a cidade, não deveria ser ligado à Copa de 2014. "Do ponto de vista da engenharia, é impossível terminar o metrô até a Copa."

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