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 | Felippe Aníbal / Gazeta do Povo
| Foto: Felippe Aníbal / Gazeta do Povo

Governo diz que informou OMS sobre caso suspeito de ebola

Procurada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", a entidade afirmou não ter sido notificada até as 12 horas (horário europeu). Ministro informou que aviso foi dado a uma da manhã

Leia a matéria completa.

Os pacientes que tiveram de passar noite isolados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 2, em Cascavel – de onde foi transferido um homem com suspeita de ebola, na madrugada desta sexta-feira (10) – já deixaram o local. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que só permaneceram os pacientes que ainda não terminaram o tratamento para o qual procuraram a unidade, que voltou a funcionar às 13 horas.

Segundo determinação dos órgãos de saúde responsáveis, os pacientes isolados para monitoramento só puderam voltar para suas casas vestidos com peças de roupas diferente daquelas que usaram durante todo o tempo em que permaneceram na UPA. Familiares foram avisados para que levassem as peças limpas até o local, sendo que as roupas usadas estão sendo mantidas dentro da UPA. Além disso, sabe-se também que todas as pessoas liberadas foram orientadas a controlar a própria temperatura por um período de 21 dias. Elas também terão acompanhamento médico no período.

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O homem que deixou a unidade por causa da suspeita da doença é natural da Guiné, tem 47 anos, e de acordo com o documento de pedido de refúgio chama-se Bah Souleymane. O pedido foi feito na Delegacia da Polícia Federal de Dionisio Cerqueira (SC) no dia 23 de setembro. Ele foi levado para o Rio de Janeiro, onde foi internado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, centro de referência do país, que faz parte do complexo de laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz. Os exames para confirmar a infecção serão feitos em Belém, no Pará.

A saída dos pacientes da UPA, que está fechada para atendimento, acontece aos poucos. Alguns dos internados no local foram transferidos para outras unidades de saúde de Cascavel, ainda durante a madrugada, de acordo com informações da Sesa. As demais foram monitoradas por uma equipe médica durante todo o período em que permaneceram em isolamento.

Por causa de uma dor no peito Antônio Franco, de 93 anos, chegou à UPA por volta das 18 horas desta quinta-feira (9). Ele foi levado pela filha, Marilda Franco, que também passou a noite isolada com o pai. Segundo ela, foi possível perceber a a movimentação da saída do paciente com suspeita de ebola de um dos espaços da unidade, mas nenhum paciente teve contato com ele. "Foi muito apreensivo. Não sabíamos o que fazíamos, ficamos nervosos e não tínhamos fome nem sede", relatou a mulher.

Nesta manhã, o vice-presidente da associação dos haitianos de Cascavel, Marcelin Gefflad, esteve em frente à UPA 2 para desmentir o fato de que o doente transferido ao Rio de Janeiro seria um haitiano. De acordo com ele, algumas pessoas na cidade estariam comentando que o paciente internado seria, na verdade, um dos haitianos que vivem na cidade atualmente.

Apesar do clima de apreensão entre os moradores de Cascavel, o movimento é normal na região da UPA nesta manhã.

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