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O governo de SP concluiu as mudanças no processo de concessão do Rodoanel feitas na esteira dos baixos preços de pedágio obtidos nas rodovias federais. A outorga passou de R$ 1,6 bi para R$ 2 bi, e o prazo para o seu pagamento foi encurtado: de três para dois anos. O período da concessão foi esticado de 25 para 30 anos, e o investimento a ser feito pela empresa vencedora cresceu de R$ 750 mi para R$ 860 mi. A taxa interna de retorno caiu de 10,58% para 8,9%. A principal mudança, porém, ocorrerá no critério de escolha da concessionária. O vencedor não será quem pagar mais, como em outras licitações de estradas na gestão passada. Levará o Rodoanel quem oferecer o menor preço de pedágio. O lance inicial no leilão será de R$ 4, com expectativa de que se alcance até R$ 2,5.

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Prazos – O edital para a concessão do Rodoanel deve sair em dezembro, e o leilão do preço do pedágio está previsto para o início do ano que vem.

Alegorias – O clima amistoso entre os ministros que foram ao Senado ontem defender a CPMF e os senadores do PSDB deixou o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), mais confiante na aprovação do tributo. "Parece um bloco que eu conheço: o Simpatia é Quase Amor", diz.

Calculadora – Jucá vai passar o feriado e o fim de semana reunido com a equipe econômica para tentar fechar o teto e o modelo das deduções da CPMF no Imposto de Renda. Não há definição se o porcentual descontado será único ou escalonado de acordo com as faixas de rendimento.

Haja gogó – A trinca de senadores do PSDB que negocia com o governo terá de suar a camisa para convencer a bancada a aprovar a prorrogação da CPMF. O líder da resistência é o paraense Flexa Ribeiro, que ontem fez desagravo ao presidente da Fiesp, Paulo Skaf, criticado pelo governo. O tucano diz que há oito senadores contra, e cinco a favor.

Faxina – José Gomes Temporão comemorou o fato de a regulamentação da emenda 29 excluir do cálculo de gastos obrigatórios em saúde penduricalhos como pagamento de inativos e saneamento. O ministro acha que, com isso, os investimentos no setor terão acréscimo de R$ 5,7 bi – somando estados e municípios.

Tô voltando – Renan Calheiros (PMDB-AL), cuja licença médica expira hoje, avisou aos aliados que reassumirá o mandato na semana que vem. Afirmou que vai se dedicar à sua defesa e que não fará nenhum gesto para retornar à presidência do Senado.

Escolhido – O deputado Paulo Maluf (PP-SP) será o relator na CCJ da Câmara do projeto que prevê a entrada da Venezuela no Mercosul.

Data – Sairá no dia 22 a decisão sobre a extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, que está preso em Mônaco.

Ex-amigos – Alvo de denúncias e bombardeado por auxiliares de Roberto Requião (PMDB), o advogado Sérgio Botto de Lacerda deixou o Conselho da Paranaprevidência e o Conselho da Centrais Elétricas do Rio Jordão batendo pesado no governador, a quem já defendeu de graça. "Talvez ele só tenha confiado em mim enquanto o ajudei em poucas e boas", diz.

Nem assim – Mesmo com apoio de Paulo Bernardo, o presidente do Corecon (Conselho Regional de Economia) do Paraná, Sérgio Hardy, não conseguiu se reeleger. Também petista, o aliado do ministro do Planejamento perdeu por margem apertada, anteontem, para chapa opositora liderada por Mirian Braun.

TIROTEIO

* De Paulo Pacini, coordenador de ações judiciais do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), sobre o fato de a empresa aérea ter dado ingressos a autoridades, entre elas senadores da CPI do Apagão Aéreo, para apresentação do Cirque du Soleil em Brasília.

– A TAM financia alegria para autoridades, mas o verdadeiro circo é o caos aéreo, e a única reserva para os consumidores é a de papel de palhaço.

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