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O relator da CPI do Tráfico de Armas, Paulo Pimenta (PT-RS), vai sugerir ao ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) um pacto contra o crime organizado.

Pela proposta do relator, que deve constar do parecer final da comissão, Lula assumiria compromisso com os presidentes dos demais Poderes e com os outros candidatos ao Planalto em torno de uma série de medidas – legais e administrativas – para conter ações do PCC e de outras facções criminosas.

O modelo das reuniões com os candidatos seguiria aquele adotado por Fernando Henrique Cardoso em 2002, quando consultou os presidenciáveis a respeito da necessidade de recorrer novamente ao FMI.

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Obstáculo – O problema imediato para que a proposta de Pimenta vingue é que FH assistia à própria sucessão, enquanto Lula é candidato.

Terror – Outra medida que deve constar do relatório da CPI é a criação de uma legislação tipificando terrorismo no país. Ações como a exigência de veiculação de mensagens de facções criminosas mediante ameaça seriam incluídas na lei, tudo para padronizar a decisões de empresas, governos e famílias vitimadas.

Mapeado – O relatório parcial sobre a comercialização de armas, que a comissão deve divulgar em algumas semanas, vai apresentar o caminho que elas percorrem até chegar ao crime organizado. Trará ainda a constatação de que um quarto do armamento apreendido com facções vem de órgãos de segurança.

Bumerangue – Em privado, PSDB e PT concordam num ponto: ao exigir, no comunicado lido na Rede Globo, o fim do Regime Disciplinar Diferenciado, o PCC selou a permanência definitiva desse mecanismo, seja quem for o próximo governador paulista.

Choro nanico 1 – O PSL ameaça representar contra a Rede Globo, que pôs fim às aparições diárias de Luciano Bivar e José Maria Eymael (PSDC) no "Jornal Nacional". As reportagens faziam parte de um acordo para que os dois nanicos abrissem mão da presença dos debates.

Choro nanico 2 – Como o TSE decidiu que Bivar e Eymael não têm direito de participar dos debates, porque seus partidos não possuíam representação na Câmara à época das convenções, a Globo se viu desobrigada de lhes dar espaço diário no telejornal líder de audiência.

Xis – Para sair na foto com Lula, os candidatos a deputado do PT de São Paulo exigiram que a organização do comício marcado para sábado, na zona sul da capital, não montasse um palco separado para o presidente, como ocorrera há dez dias na zona leste.

Quinta coluna – Parte da direção da Força Sindical baterá bumbo para Geraldo Alckmin hoje em São Paulo. Outra exaltará Lula na sexta. Até agora, nada para Cristovam Buarque, presidenciável do PDT, partido ao qual os líderes da central são filiados.

Visado – Assessores do relator da CPI dos Sanguessugas, Amir Lando (PMDB-RO), afirmam que o senador vem recebendo ameaças de morte depois que entregou o relatório parcial da comissão.

Corrida – Renan Calheiros (PMDB-AL) deve pular a etapa de apurações preliminares sobre os três senadores acusados de integrar o esquema das ambulâncias. O presidente da Casa pretende abrir já os processos no Conselho de Ética.

Sem mágoa – Fernando Gabeira (PV-RJ) nega que vá tomar medidas contra o PSB, que ameaçou pedir a cassação de seu mandato depois que o sub-relator da CPI apontou irregularidades no Ministério da Ciência e Tecnologia, feudo do partido. "Não vou perder o foco da investigação."

TIROTEIO

* Do deputado federal Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), em resposta ao presidente Lula, que o chamou de "deputadozinho" em evento de campanha na Bahia, no fim de semana.

– O que Deus me tirou em altura me deu em coragem para combater a corrupção do governo dele.

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