Três padres de Foz do Iguaçu foram afastados temporariamente das funções após um episódio envolvendo violação e divulgação de conteúdo de e-mails do bispo Dom Dirceu Vegine. Os padres Sergio Bertotti, Agostinho Gatelli e Paulo Carlos de Souza estão impedidos de celebrar missa ou exercer qualquer atividade até a conclusão de um Processo Penal Canônico, instaurado para investigar o caso.
Eles são acusados pelo bispo de Foz do Iguaçu, Dom Dirceu Vegine, de terem violado seu e-mail particular e espalhado mensagens. O caso ocorreu em agosto de 2012, mas só foi revelado em julho deste ano, após o bispo ter acionado a Polícia Civil. Os e-mails revelavam críticas a padres da cidade.
Em nota oficial divulgada hoje, a Diocese de Foz do Iguaçu afirma ter recebido carta da Congregação para o Clero Santa Sé com o decreto disciplinar que exige, além do afastamento das funções, que os padres desocupem a Casa Paroquial e entreguem as chaves e os veículos ao bispo. Os padres Sergio Bertotti e Agostinho Gatelli já foram notificados. O padre Paulo Carlos de Souza, transferido pelo bispo para Guarapuava no ano passado, está sendo aguardado em Foz amanhã para receber a decisão em mãos.
O advogado dos padres, Álvaro Albuquerque Neto, diz que os três religiosos receberam a decisão com muito espanto porque no decreto consta que eles estão sofrendo um Processo Penal Canônico. O advogado e os padres procuraram o Tribunal Eclesiástico Regional, em Cascavel, e não encontraram registro do processo. "Estivemos sexta-feira em Cascavel e todas as autoridades eclesiásticas nos confirmaram que não há processo em Cascavel e nem em Brasília em nome dos três padres". Albuquerque já está providenciando um recurso contra a decisão e diz que o bispo persegue os padres.
Segundo o advogado, os padres não têm onde morar e foram acolhidos de favor por alguns colegas. Sobre a acusação de violar os e-mails do bispo, o Albuquerque argumenta que a acusação recaiu sobre o assessor do bispo, que conseguiu a senha do e-mail. Afastado na época, o funcionário foi reintegrado ao trabalho. A Polícia Civil concluiu as diligências do caso e aguarda o posicionamento da justiça.
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