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Para aproveitar uma época com maior arrecadação de tributos e não apertar o orçamento no fim do ano, várias prefeituras do Paraná anteciparam a primeira parcela do 13.º salário ao funcionalismo. A prática, que ainda está restrita a menos de 40% das 399 prefeituras do estado, segundo estimativa da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), é bem-vinda por administradores e funcionários.

A auxiliar administrativa da prefeitura de Curitiba Marli Aparecida Ribeiro já recebeu a primeira parcela do 13.º e a depositou na poupança. "Acho muito interessante para o servidor porque ele pode organizar melhor suas contas", afirma. A prefeitura de Curitiba fez o pagamento antecipado pelo terceiro ano consecutivo, já no contracheque do mês passado. A antecipação representou R$ 32 milhões aos cofres municipais.

A adoção do pagamento antecipado não é privilégio dos grandes municípios. Em Rolândia, no Norte do estado, com 55 mil habitantes, os pouco mais de 1,2 mil servidores públicos receberam a primeira parcela do 13.º também no mês passado. O secretário municipal da Fazenda, José Lúcio de Moraes, diz que a antecipação se deve a uma reserva feita no primeiro semestre. "Sabemos que no segundo semestre a arrecadação é muito baixa. Então preferimos ficar tranqüilos e antecipar a primeira parcela." O pagamento antecipado, neste ano, representou R$ 693 mil à prefeitura.

Em Maringá, os 40% do valor referente ao 13.º salário foram pagos aos servidores no último dia 10 com base num questionário aplicado ao funcionalismo que comprova que 85% dos funcionários são favoráveis ao pagamento na metade do ano. A decisão da administração municipal contempla 7,3 mil servidores que, juntos, receberam cerca de R$ 4 milhões.

A existência de dinheiro em caixa, no entanto, está longe de ser regra geral. Em Londrina, os 7,5 mil servidores públicos municipais receberão o 13.º nos meses de novembro e dezembro, repetindo a situação do ano passado. O secretário municipal da Fazenda, Wilson Sella, argumenta que o adiantamento não foi possível devido à falta de recursos. "No próximo ano pretendemos fazer um controle rigoroso das finanças a partir do mês de junho, por conta do fim do mandato, e garantir o pagamento em dia."

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