SÃO PAULO - Everaldo Pereira dos Santos, pai de Eloá Cristina Pimentel da Silva, é suspeito de mais um crime em Maceió: o assassinato da sua primeira esposa, Marta Vieira, em 1992, quando ainda era cabo da PM de Alagoas. O crime teria ocorrido porque a mulher descobriu um caso dele com a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, com quem ele fugiu para São Paulo, em 1993. Everaldo usava em São Paulo um nome falso e é acusado de pelo menos três homicídios. Foi descoberto após ter sua imagem divulgada na tevê, quando passou mal durante o seqüestro da filha e saiu numa maca.
Ontem, o advogado de Everaldo, Ademar Gomes, divulgou nota afirmando que seu cliente nega categoricamente as acusações de suas ex-cunhadas. Segundo ele, as duas querem se vingar dele, pois na época Cristina já estava grávida de Eloá, o que gerou ódio na família de Marta.
"As acusações formuladas pelas mesmas, são fruto de vingança contra minha pessoa, pois na ocasião estava me separando de Marta Lucia para viver com minha atual esposa Cristina, mãe de Eloá, o que gerou muito ódio delas", diz a nota.
O ex-PM afirma que tanto Marta quanto Cristina poderiam ser mortas. Com o assassinato de Marta, ele decidiu passar a usar nome falso e fugir com Cristina.
Além da traição, Marta Vieira teria descoberto que o marido integrava um grupo de extermínio, conhecido como "gangue fardada". A acusação foi feita na quinta-feira, na TV Record, pelas irmãs da vítima, Claudilene e Rita Vieira. O diretor-geral da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio Barenco, afirmou que vai investigar o caso.
Marta desapareceu em 1º de abril de 1992. A última vez que foi vista com vida, segundo as irmãs, foi na Praça Deodoro, no centro de Maceió, onde se encontrou com Everaldo. Seu corpo foi encontrado em um canavial 15 dias depois. Na época, Everaldo não foi indiciado.
Everaldo é acusado de participar em Alagoas da morte do delegado Ricardo Lessa, em 1991, executado junto com o segurança e motorista. O pai de Eloá nega as acusações e está foragido. Está sendo estudada a possibilidade de Everaldo ser incluído nos programas de proteção a testemunhas e de delação premiada.
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