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Veja que o governo da Bahia confirmou o surto de meningite

A família do adolescente Luan Santos, que morreu com meningite na Bahia, reclama do atendimento médico recebido no posto de saúde de Arraial d'Ajuda, distrito de Porto Seguro. O autônomo Ângelo José dos Santos, de 40 anos, contou ao G1 que levou o filho duas vezes ao local - a primeira na noite anterior à morte do garoto, no dia 23 de outubro.

No total, oito pessoas apresentaram sintomas de meningite após uma festa em Trancoso. Quatro vítimas morreram e outras quatro estão internadas, segundo a Secretaria de Saúde da Bahia.

O garoto de 17 anos também compareceu à festa e começou a sentir os primeiros sintomas na quinta-feira (22), segundo a família. À noite, ele foi levado ao posto de saúde e, após ser medicado, recebeu alta. "O médico disse que meu filho estava com intoxicação. O menino tomou soro e duas injeções. Quando acabou, o médico falou que podíamos voltar para casa", afirma.

Santos explicou que o filho piorou durante a madrugada e foi levado novamente ao posto de saúde. "De manhã, quando a ambulância chegou para levar meu filho ao hospital, em Porto Seguro, ele já estava morto."

Para a família, faltou experiência para o médico que atendeu o adolescente. O pai acredita que, se tivesse buscado atendimento no hospital em Porto Seguro, sem perder tempo no posto, o garoto estaria vivo.

"A suspeita é meningite. Eu nunca imaginaria que era uma doença tão grave assim, porque não sou médico. O posto de saúde daqui tem que melhorar. Quero que seja tomada alguma providência para que isso não aconteça com o filho de outras pessoas", disse Santos, que afirma não ter sido informado oficialmente sobre o resultado dos exames realizados para comprovar a doença.

Prevenção

Após a morte do adolescente, Santos, a mulher e outros dois filhos receberam alguns comprimidos que foram ingeridos conforme a orientação médica. Ele aguarda a vacina contra a doença, que é oferecida apenas em clínicas particulares da região.

"Ninguém aqui em casa está doente, mas é uma doença que atacou meu filho de repente. O governo disse que iria mandar vacina, mas até agora não chegou. Estamos assustados e não temos como pagar pelas doses", disse.

Sem vacina

O secretário de Saúde de Porto Seguro, Manoel Boaventura de Novais, disse ao G1 que foi informado sobre o procedimento dos médicos no posto de saúde de Arraial d'Ajuda e vai apurar o caso para verificar se houve negligência médica.

Ele afirmou ainda que, por causa do tempo para a vacina começar a fazer efeito, não é necessária a aplicação por causa do número reduzido de casos.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde da Bahia também informou que não há necessidade de familiares de vítimas receberem doses de vacina. De acordo com o órgão, uso de medicação é suficiente.

Volta à aulas

Os alunos de seis escolas de Trancoso, distrito de Porto Seguro (BA), voltaram às aulas nesta quarta-feira (28). De acordo com Novais, não há necessidade de suspensão das aulas porque o número de casos está controlado.

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