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47% das vítimas de abuso sexual têm menos de 12 anos

Dados de levantamento do Hospital Pérola Byington, em São Paulo, revelam que das 2.330 vítimas de abuso sexual atendidas no hospital em 2008, 1.103 eram menores de 12 anos. O número representa 47,3% de todos os atendimentos realizados no local. Crianças e adolescentes até 17 anos representam 76% dos atendimentos do ano passado.

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O pai de uma adolescente de 12 anos que foi estuprada em setembro do ano passado prendeu com as próprias mãos o suspeito de cometer o crime na noite de sábado (7), em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. No entanto, a Polícia Civil mandou liberar o acusado, pois ainda não há mandado de prisão.

O suposto estupro foi feito por um jardineiro considerado até então amigo da família. Segundo o pai da criança, que tem 34 anos e trabalha em uma empresa no bairro Boqueirão, em Curitiba, o jardineiro prestou serviços por dois dias no pátio da casa durante o mês de setembro de 2008. Em um desses dias, apenas os filhos do casal dono da casa estavam presente. Para distrair o irmão mais velho da vítima, de 15 anos, ele teria dado R$ 5 para ele comprar cigarros em uma mercearia. Outro irmão, de 4 anos brincava no pátio.

"Ele dominou a minha filha (a menina de 12 anos) e ameaçou que a mataria se não fizesse tudo o que mandasse", conta o pai. Foram cerca de 20 minutos de violência sexual.

Apenas no início de março deste ano a família tomou ciência da violência, pois a jovem está grávida. De acordo com o pai da vítima, ela tinha medo de contar o estupro para, pois o jardineiro teria ameaçado matar a todos. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia da Mulher e do Adolescente de São José dos Pinhais no dia 4 deste mês.

Com as próprias mãos

Na noite de sábado (7), o pai conta ter encontrado o suspeito. "Só não matei porque a polícia evitou", confessa. O acusado foi levado até a delegacia regional de São José dos Pinhais pela Polícia Militar, mas foi solto logo depois.

"Não tinha porque manter ele preso. Não é flagrante, não há um mandado. Se a Polícia Militar o deteve, foi uma arbitrariedade que eu não tenho nada a ver", disse a delegada Darli Rafael. A delegada disse que deve escutar a vítima, que completou 13 anos em novembro, e obter mais evidências para então pedir a prisão do suspeito.

O pai se disse indignado com a decisão da delegada. "Se eu ver esse sujeito na rua, não sei o que sou capaz de fazer", diz o pai. Segundo ele, a família deve criar a filha da menina violentada, que não deve deixar de frequentar a escola.

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