A corregedoria da Polícia Militar do Amazonas abriu inquérito para investigar duas novas denúncias de tortura envolvendo PMs. Na semana passada, sete foram presos por atirar em um adolescente desarmado.
Nas fotos exibidas por uma dona de casa, as marcas do espancamento são evidentes. Ela saiu de Coari, no interior do Amazonas, para denunciar a suposta violência de policiais militares contra o irmão e três primos - todos agricultores,.
"A única coisa que o major não permitiu foi a morte dos meninos", diz.
A Corregedoria da Polícia Militar abriu inquérito para apurar o caso e enviou uma equipe para o município.
Mas, esta não é a única investigação interna da Polícia Militar em curso no estado. Há duas semanas, imagens estarrecedoras de uma abordagem feita por homens da unidade tática, em Manaus, vieram a público e provocaram revolta. Foram cinco tiros à queima-roupa contra um adolescente. Os policiais foram presos.
A última denúncia envolvendo policiais militares do Amazonas foi feita na noite desta quarta-feira (30). Um jovem de 18 anos, acusado de associação ao tráfico de drogas, disse que foi vítima de tortura e abuso sexual. O caso já está sendo apurado.
Indignado, Guterlan dos Santos da Costa, pai do rapaz, conta o que ouviu do filho: "Machucaram um bocado de pimenta e começaram a passar nos meus olhos, no meu nariz e na minha garganta", teria dito o jovem.
Nos últimos três anos, quase 3,5 mil policiais militares do Amazonas foram investigados. Trinta e quatro acabaram sendo expulsos da corporação.
O comandante da Polícia Militar no estado diz que falta acompanhamento psicológico para a tropa. Ele informou que a corporação dispõe de apenas um psicólogo para atender oito mil homens - e que vai contratar mais profissionais.
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