O agricultor Oziel de Lima Raposo, de 25 anos, que está foragido desde a noite de terça-feira, após agredir com coronhadas de revólver calibre 38 a mãe, a mulher, atirar no próprio pai e no irmão e matar o filho, Leonardo Moura Raposo, de seis anos, com um tiro na cabeça, deve se apresentar, com um advogado, na manhã desta sexta-feira para prestar depoimento na delegacia de Campina da Lagoa, na Região Centro-Oeste do estado. Segundo o escrivão da Polícia Civil, João Marcos Rogato, o advogado, que não teve o nome revelado, entrou em contato com a delegacia e avisou da apresentação do cliente.
A fuga e a apresentação após 24 horas, conforme o advogado criminalista, Robervani Pierin do Prado, são prerrogativas para escapar do flagrante e responder o processo em liberdade. "A jurisprudência tem entendimento que após 24 horas, em tese, não caracteriza mais o flagrante. Isso não está na lei, é o entendimento dos tribunais", explica Prado. Desde a noite de terça-feira cinco policiais civis e militares estavam de campanas, próximo à residência do agricultor para tentar prende-lo em flagrante. "Mas, quando ele percebia a presença dos policiais, escapava para uma mata fechada próximo à residência", conta Rogato. Durante o velório, na tarde de anteontem, policiais civis foram informados de que o agricultor estava na capela. Segundo relatos de familiares, Oziel chegou à igreja e antes de entrar colocou a arma no chão próximo à porta e ficou por alguns minutos ao lado do caixão do filho. Assustados com a presença do agricultor os familiares saíram correndo e chamaram a polícia que não conseguiu prender o agricultor. "A hora que chegamos, ele havia escapado para o mato", conta o investigador da Polícia Civil, Gualter Ribeiro. A criança foi sepultada no final da tarde de quarta-feira no cemitério municipal em Campina da Lagoa.
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