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Cocaína estava enterrada em três tonéis num matagal | Divulgação PF
Cocaína estava enterrada em três tonéis num matagal| Foto: Divulgação PF

O representante comercial Juraci Martins recusou-se a pagar fiança de R$ 500 para retirar da cadeia o filho Rodolfo, de 21 anos, que foi preso domingo, em Londrina, no Norte do estado, por dirigir embriagado. Foi o próprio pai quem chamou a Polícia Militar, ao ser alertado pela mulher que o rapaz pegara a caminhonete da família sem sua autorização. Além da embriaguez, comprovada pelo exame de dosagem alcoólica, o rapaz estava sem habilitação, que está suspensa há alguns meses em razão de infrações no trânsito.

"Vamos deixar que ele reflita, na cadeia, sobre o que é melhor para ele", disse o pai. "Como pegou o meu carro, amanhã ou depois pode sair pegando o de outras pessoas." Segundo Martins, Rodolfo estava trabalhando em uma empresa de cartonagem, mas já faltara muitas vezes ao serviço. "Eu disse para ele que o amava, mas que ele não podia fazer coisas erradas", afirmou o pai. "Não dá para passar a mão na cabeça, levar para casa e amanhã ele fazer a mesma coisa", continuou. "Como pai, quero que ele se recupere."

A fiança estipulada pelo delegado Joaquim Melo, responsável pelo flagrante, tem validade por dez dias, prazo em que ele deve concluir o inquérito. Depois disso, caberá à Justiça tomar nova decisão. Martins disse que ainda não sabe se vai retirar o filho da cadeia e nem quando. "A decisão que tomamos até agora foi com convicção, porque ele tem de pagar um pouco por aquilo que errou", afirmou. "Mas tudo é ainda muito recente e estamos refletindo sobre o que fazer daqui para frente."

De acordo com o pai, o rapaz saiu de casa em dezembro do ano passado e foi morar com a namorada. Mas voltou para casa na semana passada. No domingo, apesar de estar se medicando contra ansiedade, acabou tomando cervejas. Martins foi alertado pela mulher que o rapaz saíra com o carro e ligou para a Polícia Militar, que iniciou uma perseguição. Rodolfo acabou perdendo o controle do carro, bateu em outro veículo e só parou depois que a caminhonete capotou. De acordo com a polícia, houve apenas danos materiais. O casal tem outras duas filhas mais velhas que Rodolfo, que moram e trabalham em Curitiba.

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