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Em despacho da Justiça do Paraná de 14 de março de 2011, o desembargador Ruy Muggiati afirma que, em agosto, ainda na gravidez, os pais, que teriam abandonado três recém-nascidas, "firmaram documento permitindo a doação de uma de suas filhas trigêmeas".

O documento, que traz a decisão do desembargador, ainda apresenta o relato de uma psicóloga, que integra o corpo clínico da maternidade. Segundo ela, os pais afirmaram querer apenas duas das três meninas e "durante a gestação foram atrás de meios para abortar o terceiro bebê em outros países".

Ainda de acordo com a psicóloga, a família teria sido orientada pelo casal a não visitar os bebês na maternidade e comunicaram que apenas duas haviam nascido. Quando os bebês prematuros ainda estavam no hospital, no dia 18 de fevereiro, os pais confirmaram para a Justiça o desejo de ficar com apenas duas filhas e especificaram qual delas poderia ser adotada por uma família substituta.

Os bebês estão sob custódia do Conselho Tutelar desde o dia 23 de fevereiro. A decisão foi tomada depois que a maternidade procurou o Ministério Público, que solicitou abrigo para as meninas por considerar que o casal não tinha condições de exercer a função de paternidade e maternidade. A psicóloga ainda relatou que acreditava que as meninas não mereciam ser separadas.

As informações foram consultadas pela Gazeta do Povo no Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná. Procurada pela reportagem, a advogada do casal, Margareth Zanardini, disse, por meio da assessora, que não vai comentar o caso. Em reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de São Paulo, a advogada afirma que "a divulgação dos despachos é ‘totalmente irregular’ e que já solicitou à presidência do Tribunal de Justiça providências para tirá-los do ar.

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