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Nova Iorque – Primeira mulher a chefiar a missão brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU), a embaixadora Maria Luiza Viotti terá à sua frente o desafio de coordenar a apresentação das posições brasileiras no debate sobre o aquecimento global. Na avaliação dela, o Brasil está assumindo um papel de liderança nesse âmbito, graças a divulgação dos biocombustíveis como alternativa imediata para o combate às mudanças climáticas.

"Com a promoção das energias renováveis, o Brasil se colocou numa posição de liderança muito clara perante a ONU. Esse se tornou um elemento importante para a adoção de qualquer estratégia internacional", diz. "Em termos gerais, o Brasil defenderá um esforço em dois trilhos. Um deles é o reforço do Protocolo de Quioto, que estabelece metas de emissões de gases, e o outro é a ampliação dos estímulos e transferências de tecnologia alternativa para países em desenvolvimento que ainda estão em processo de expansão produtiva."

"O esforço de redução deve se concentrar nos países mais desenvolvidos, que contribuíram mais e há mais tempo para o problema. Os países em desenvolvimento ainda precisam de um certo espaço para crescer", completa.

Viotti assumiu o posto em julho e terá a partir desta semana o desafio de coordenar, pelo lado brasileiro, as discussões no âmbito da Assembléia Geral da ONU. "A nossa grande aspiração é a reforma no Conselho de Segurança. A partir de outubro, a discussão sobre como será negociada essa questão tomará fôlego. O que o Brasil deseja é que ainda nessa assembléia, que termina em um ano, haja resultados concretos."

"O Brasil acredita que tem credenciais para participar de um conselho ampliado. Podemos contribuir de uma forma mais eficiente para a solução de problemas", explica ela, para quem a missão de paz no Haiti, liderada por um comandante militar brasileiro e com participação do maior efetivo militar nacional fora de nosso território desde a 2.ª Guerra, tem sido uma "experiência de êxito", que deve ser renovado por mais um ano, também em outubro. Na proposta de renovação, o Brasil e os outros países que fazem parte da missão vão propor aumento das ações para fortalecer a capacidade do Estado haitiano e ampliação do policiamento de fronteira.

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