A Urbs fez 813 autuações a transportadores escolares no ano passado, a maioria por irregularidade no certificado e na carteira específica para exercer a atividade. Também houve muitos casos de licença vencida, o que tem explicação. O transporte funciona até dezembro e para no período de férias. Se a licença vence nesse tempo, os permissionários deixam para fazer a vistoria quando as aulas retornam. "Passa um, dois ou três dias e nossa fiscalização já atua", diz o gestor da área de táxi e transporte comercial da Urbs, José Carlos Gomes Pereira Filho.
Luis Cláudio Bach herdou do pai três licenças recebidas pela Urbs há mais de 20 anos e atua desde 1995 como pessoa jurídica. Para ele, o serviço deve ser levado a sério. Por isso, preza pela segurança e qualidade, mas nem todos fazem o mesmo. Excesso de passageiros e de velocidade, além da falta de monitor, são as irregularidades que Bach mais vê entre os colegas. Mesmo com as fiscalizações diárias nas portas das escolas, tem gente que consegue burlar os fiscais, trocando os discos do tacógrafo (aparelho que marca a velocidade do carro).
Curso obrigatório
Por causa da concorrência, alguns autônomos cobram menos dos pais, mas não oferecem segurança. Os motoristas de Bach, contudo, são obrigados a ter o curso exigido por lei para fazer o transporte escolar. No Sest/Senat, um dos órgãos que oferece o curso de 44 horas, 134 alunos se formaram no ano passado. Nos módulos são discutidos temas como direção defensiva, prevenção de acidentes, conhecimentos básicos de legislação.
Mãe de uma menina de 8 anos, Simone Veiga sabe dos riscos calculados que a filha sofre ao ir e voltar da escola, no bairro Fazendinha. A van do transporte escolar está irregular. A permissionária não tem monitor, mas alega que para fazer o preço que faz, não pode contratar mais ninguém. "Sei que minha filha pode estar correndo risco, mas não tenho condições de procurar outro serviço mais caro".
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