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A psicanalista Juliana Radaelli, cuja clientela aumenta bastante nos meses que antecedem o vestibular, observa que o erro mais comum é transformar uma pressão real – a desproporção entre a quantidade de vagas e o número de candidatos, que os obriga a disputá-las – numa pressão imaginária e distorcida. "Uma coisa é o fato real de haver 50 vagas e 200 candidatos. A outra é substituir isso por uma fantasia subjetiva", avalia Juliana. Ela cita alguns exemplos: "‘Se eu não passar não serei amado’, ‘não posso me atrever a ir mais longe que os meus pais’, ‘tenho que superar os meus irmãos’, e assim por diante". E completa: "O vestibular exige uma certa dose de sofrimento. Mas ao cobri-lo com essas fantasias, o sofrimento fica mais ‘dramático’, e assim é mais valorizado." (LP)

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